LONDRES (Reuters) – A Heineken estimou nesta quarta-feira um “declínio modesto” nos volumes de vendas de cerveja em 2025, citando desafios macroeconômicos.
A cervejaria holandesa também afirmou que o crescimento do lucro operacional orgânico do ano deve ficar na extremidade inferior da faixa prevista anteriormente, de 4% a 8%.
O presidente-executivo da companhia, Dolf van den Brink, disse que a volatilidade macroeconômica se tornou mais pronunciada no terceiro trimestre.
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“Esperamos que a demanda se recupere quando as condições se normalizarem”, afirmou em um comunicado.
No terceiro trimestre, a empresa reportou uma queda de 0,3% na receita líquida, contra expectativas de analistas de recuo de 0,8%. Os volumes caíram 4,3%, em linha com as previsões.
Para o ano, analistas já esperavam crescimento de 3,9% no lucro e queda de 1,8% nos volumes, de acordo com um consenso compilado pela empresa.
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Em julho, a Heineken alertou que os volumes anuais ficariam estáveis.
“Todas as coisas negativas eram esperadas. E, na verdade, esperava-se que fossem piores”, afirmou o analista Laurence Whyatt, do Barclays.
Cervejarias de todo o espectro enfrentam perspectivas de queda nas vendas a longo prazo em alguns mercados devido a crescentes preocupações com a saúde e interrupções causadas por alternativas à cerveja ou até mesmo pelo surgimento de medicamentos para perda de peso.
Mas a Heineken disse que seus principais desafios no trimestre, incluindo a fraca demanda por cervejas na América Latina e na Europa, eram de curto prazo.
O sentimento do consumidor foi abalado pelas tensões comerciais em mercados importantes como o Brasil, onde o volume de remessas em termos percentuais contraiu em torno de 15%. A Heineken também tem lutado para recuperar o espaço perdido nas prateleiras da sua região após disputa de preços com varejistas.
A companhia, porém, relatou ganhos de participação de mercado no Brasil e no México, e um forte desempenho em mercados anteriormente difíceis, como o Vietnã.
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