O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), realizaram a primeira reunião após a crise provocada pela derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O encontro aconteceu na noite desta terça-feira (8), na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília, e terminou sem declarações oficiais à imprensa.
Além de Haddad e Motta, participaram da reunião o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e outros líderes parlamentares. A iniciativa da conversa partiu de aliados de Hugo Motta, que buscam um acordo com o governo antes da audiência de conciliação marcada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para o próximo dia 15.
Mais cedo, Haddad declarou ao site Metrópoles que acredita em uma solução para o impasse:
“Acredito que sim, assim que possível, nós vamos e precisamos encontrar um caminho, retomar o debate”, disse o ministro.
Essa foi a primeira conversa direta entre Haddad e Motta desde que o Congresso Nacional derrubou o decreto do governo que aumentava o IOF. A decisão levou o governo a recorrer ao STF, que suspendeu tanto o decreto presidencial quanto o projeto de decreto legislativo que revogava o aumento do imposto.
Na semana anterior, Haddad havia afirmado que aguardava um contato de Motta para discutir o tema, mantendo um tom conciliador e evitando atritos públicos:
“Quando um não quer, dois não brigam. Nós não vamos brigar, porque, no caso aqui, nenhum dos dois quer. Nós temos muitos amigos em comum”, afirmou.
O ministro também reconheceu que a agenda econômica do governo federal avançou pouco no Congresso em 2025. No entanto, ele demonstrou otimismo com a possibilidade de reaproximação com Hugo Motta para retomar o debate sobre projetos econômicos que enfrentam resistência no Legislativo.
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