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Grupos pró-Putin tomam as ruas da Rússia com falta de policiais
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Grupos pró-Putin tomam as ruas da Rússia com falta de policiais 

Uma reportagem publicada na quarta-feira (16) pelo jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) apontou que grupos armados apoiadores do ditador da Rússia, Vladimir Putin, estão assumindo funções de segurança pública em cidades do país.

Eles preenchem o vácuo gerado por uma escassez de policiais, porque muitos estão se juntando às forças armadas para lutar na guerra da Ucrânia, de olho em salários mais altos.

Segundo dados do Ministério do Interior, os departamentos de polícia locais perderam cerca de 33 mil policiais em 2024 e atualmente têm uma defasagem de cerca de 172 mil policiais.

O WSJ destacou que um dos principais grupos que exploram essa brecha é o Russkaya Obshchina (Comunidade Russa, em russo), que possui 150 filiais em todo o país.

Vídeos nas redes sociais russas, muitos deles compartilhados pelo próprio grupo, mostram membros da milícia intervindo em desde brigas entre vizinhos alcoolizados até casos de violência e assédio na Sibéria.

O WSJ apurou que membros do grupo por vezes detêm pessoas suspeitas de pequenos crimes até a chegada da polícia, mas em muitos casos exercem trabalho policial típico e até extrapolam essas funções, quando invadem casas e locais de trabalho de imigrantes e recrutam pessoas à força para o serviço militar.

“Sabemos que a polícia está com falta de efetivo. Estamos prontos para assumir o comando”, disse Andrey Tkachuk, político siberiano e um dos fundadores do grupo, em um vídeo publicado na internet.

Outro grupo, chamado Homem do Norte, ajuda o Russkaya Obshchina e forças policiais locais em operações para prender imigrantes. As duas milícias também reprimem frequentadores e proprietários de bares e casas noturnas LGBTQ+.

Valery Vetoshkina, advogada da ONG russa OVD-Info, especializada em segurança pública, disse ao jornal americano que “em um mundo normal, as instituições destinadas a proteger os direitos dos cidadãos não devem ser políticas ou ideológicas”, mas o crescimento de grupos pró-Putin que atuam como forças de segurança “é resultado dessa escassez de efetivo na polícia”.

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