O Ministério das Relações Exteriores de Israel assegura neste domingo que os direitos legais dos ativistas da flotilha humanitária Global Sumud, classificada como “a flotilha Hamas-Sumud”, “são plenamente respeitados”, depois que vários deles denunciaram as condições de sua detenção no país e abusos contra a ativista sueca Greta Thunberg.
“As acusações sobre os maus-tratos a Greta Thunberg e outros detidos da flotilha Hamas-Sumud são mentiras descaradas. Todos os direitos legais dos detidos são plenamente respeitados”, afirmou o ministério em um comunicado publicado em sua conta na rede social X.
A pasta acrescentou que “a própria Greta e outros detidos se recusaram a acelerar sua deportação e insistiram em prolongar sua estadia sob custódia”, e ressaltou que a ativista sueca “não apresentou nenhuma queixa às autoridades israelenses sobre as acusações absurdas e infundadas, porque nunca ocorreram”.
No sábado, vários ativistas da flotilha Global Sumud deportados para a Turquia denunciaram ter sido mantidos com as mãos amarradas nas costas e sem acesso a água ou alimentos por um período entre 36 e 40 horas. Alguns afirmaram que, diante da falta de líquidos, tentaram beber água do vaso sanitário.
Os ativistas também acusaram as forças israelenses de terem agredido e tratado de forma degradante Greta Thunberg, que teria sido arrastada pelo chão e forçada a beijar uma bandeira de Israel.
As embarcações da flotilha, que transportavam ajuda humanitária, foram interceptadas na última quinta e sexta-feira pela Marinha de Israel em águas internacionais, a cerca de 70 milhas náuticas da costa de Gaza, em uma área onde Israel mantém patrulhas navais, embora sem jurisdição legal.
As Forças de Defesa de Israel justificaram a operação alegando que as embarcações se dirigiam a “uma zona de combate ativa”.
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