O governo do Equador relatou nesta terça-feira (7) que o presidente Daniel Noboa foi vítima de uma tentativa de assassinato.
Segundo informações do jornal El Tiempo, a ministra do Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, foi pessoalmente à Procuradoria-Geral do Equador em Quito nesta tarde para relatar a tentativa de magnicídio, que ocorreu pela manhã no cantão de El Tambo, na província de Cañar, onde Noboa cumpria agenda.
“Antes dele chegar ao estádio, 500 pessoas apareceram e atiraram pedras, e há marcas de bala no carro do presidente. Graças a Deus, nosso presidente, muito firme e corajoso, está seguindo em frente, cumprindo sua agenda normalmente”, afirmou a ministra, segundo o El Tiempo.
Manzano informou que cinco suspeitos do crime foram presos. A ministra acrescentou que os autores desses ataques não são de comunidades indígenas “ancestrais”, mas sim de “certas células”, sobre as quais não prestou mais informações.
A ressalva de Manzano ocorreu porque o Equador enfrenta há mais de duas semanas protestos indígenas contra o aumento do preço do diesel e outras reivindicações.
Em nota no X, a presidência do Equador disse que Noboa havia ido a Cañar para entregar e anunciar obras de tratamento de esgoto.
“Seguindo ordens de radicalização, eles [agressores] atacaram uma comitiva presidencial que transportava civis. Tentaram impedir à força a entrega de um projeto que visa melhorar a vida de uma comunidade”, informou o governo equatoriano.
“Estamos fazendo o que precisamos fazer, e eles não podem nos impedir: chegar a todos os cantos do país, onde as famílias precisam de obras públicas, serviços e da presença do seu presidente. Todos os presos serão processados por terrorismo e tentativa de assassinato”, acrescentou a presidência, que no post acrescentou um vídeo da agressão e uma foto do carro que levava o presidente, com vidros quebrados.
O Equador tem um histórico de violência política, com assassinatos e tentativas de homicídio de políticos, e o caso recente de maior repercussão foi o do candidato presidencial Fernando Villavicencio, morto a tiros na saída de um comício em Quito antes da eleição de 2023.
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