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Gestão Trump diz que preferiu “passo menor” contra o Brasil
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Gestão Trump diz que preferiu “passo menor” contra o Brasil 

O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse que a gestão do presidente Donald Trump não fez nada “fora do comum” ao impor uma tarifa de 50% na importação de produtos brasileiros e que o republicano optou por um “passo menor”, sem cortar o país sul-americano do sistema financeiro internacional.

Greer fez as declarações em entrevista ao programa Face the Nation, da emissora CBS, gravada na sexta-feira (1º) e veiculada neste domingo (3).

O representante comercial foi perguntado pela apresentadora Margaret Brennan a respeito das tarifas ao Brasil, que, na opinião da jornalista, foram baseadas em questões que “nada têm a ver com comércio”, como a alegação de Trump de que o ex-presidente Jair Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas” no seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Bem, duas coisas. Primeiro, há uma tarifa de 10% sobre o Brasil porque temos um superávit com eles. Essa é a tarifa recíproca. E depois há uma tarifa de 40% que o presidente decidiu aplicar com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional [Ieepa, na sigla em inglês], como faríamos com quaisquer sanções onde vemos questões geopolíticas”, afirmou Greer.

“O presidente viu no Brasil, como viu em outros países, um uso indevido da lei, um uso indevido da democracia, o que se poderia chamar de lawfare [guerra jurídica]. É normal usar essas ferramentas para questões geopolíticas. Quer dizer, sanções, nós as usamos há anos com todos os tipos de países, incluindo países que gostamos”, afirmou.

Questionado se via tarifas e sanções como a mesma coisa, Greer alegou que os dois instrumentos “são apenas diferentes em escala”.

“Quer dizer, tarifas são, na verdade, mais leves do que uma sanção — uma sanção, você está excluindo um país do seu sistema financeiro. Você está proibindo o comércio com ele. Uma tarifa, você está permitindo o comércio. Você está apenas impondo uma taxa sobre isso. É um passo menor do que sanções”, alegou o representante comercial.

Greer argumentou que o governo americano, seja nas mãos dos democratas ou dos republicanos, tem usado a Ieepa para impor sanções “por todos os tipos de razões geopolíticas a todos os tipos de países”.

“Às vezes, [a sanção] é a todo o país, às vezes é específica para certos indivíduos e, frequentemente, para líderes e autoridades estrangeiras. Então, isso [tarifas sobre o Brasil] não está fora do comum. Na verdade, o presidente poderia ter ido mais longe no tipo de sanção que foi usada. Em vez disso, ele simplesmente usou uma tarifa em vez de cortá-los [Brasil] completamente do sistema financeiro [internacional]”, acrescentou.

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