O Ministério Público da França confirmou neste domingo (26) duas prisões relacionadas ao roubo de joias no Museu do Louvre ocorrido em 19 de outubro, mas lamentou sua divulgação “precipitada” por ser potencialmente prejudicial às investigações.
“Lamento profundamente a divulgação precipitada deste elemento por parte de pessoas informadas, sem qualquer consideração pela investigação”, declarou a promotora Laure Beccuau, em comunicado.
“Essa revelação só pode prejudicar os esforços de investigação das centenas de investigadores mobilizados, tanto na busca pelas joias roubadas quanto de todos os criminosos. É muito cedo para dar mais detalhes a respeito”, acrescentou.
Beccuau ressaltou que comunicará informações adicionais ao término da fase de detenção provisória dos dois suspeitos.
Pouco depois, também se pronunciou o ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, que parabenizou os investigadores por terem trabalhado “incansavelmente” conforme lhes pediu, além de reiterar que têm toda a sua “confiança”.
“As investigações devem continuar respeitando o sigilo da investigação sob a autoridade da jurisdição inter-regional especializada do Ministério Público de Paris. Faremos isso com a mesma determinação! Seguimos adiante!”, destacou Nuñez, que até pouco tempo era prefeito da polícia da capital, em sua conta na rede social X.
As prisões ocorreram no sábado, segundo noticiaram a revista “Paris Match” e o jornal “Le Parisien”, e os dois homens permanecem sob custódia policial.
A primeira detenção, que ocorreu no aeroporto, foi efetuada por volta das 22h (horário local, 17h de Brasília) quando o suspeito em questão tentava deixar a França com destino, supostamente, à Argélia.
Na mesma noite ocorreu a outra detenção, da qual menos detalhes foram divulgados.
A operação ficou a cargo da Brigada de Repressão ao Crime Organizado de Paris (BRB, na sigla em francês) e do Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais (OCBC).
Os dois foram transferidos para as instalações da BRB na sede da polícia judiciária parisiense (no distrito XVII da capital) e sua detenção provisória pode se estender por até 96 horas.
Ambos os homens, de cerca de 30 anos, estavam no radar da polícia por antecedentes de roubos, segundo indicou o Le Parisien, e, supostamente, fariam parte do comando de quatro pessoas que executou a subtração das joias da Galeria Apolo do museu mais visitado do mundo.
No âmbito da investigação do Louvre, eles seriam acusados de crimes de roubo em bando organizado e associação ilícita para fins criminosos.
As joias roubadas há uma semana, das quais não há notícias, estão avaliadas economicamente em 88 milhões de euros (cerca de 551 milhões reais), embora seu valor patrimonial seja incalculável.
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