Os Estados Unidos voltaram a condenar nesta quarta-feira (6) as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ameaçaram ampliar as sanções impostas ao magistrado a todos os seus aliados na Corte e em outros setores.
A declaração foi feita pelo subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, Darren Beattie, em publicação na rede social X. No post, Beattie reforçou o tom crítico do governo do presidente Donald Trump diante das decisões do Judiciário brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi citado como alvo de perseguição.
Beattie destacou na publicação que “o ministro Moraes é o principal arquiteto do complexo de censura e perseguição direcionado contra Bolsonaro e seus apoiadores”. O subsecretário afirmou ainda que “os flagrantes abusos de direitos humanos cometidos por Moraes lhe renderam uma sanção Global Magnitsky do presidente Trump”. Beattie advertiu os demais integrantes do STF e aliados do ministro: “os aliados de Moraes na Corte e em outros lugares são fortemente aconselhados a não ajudar ou favorecer o comportamento sancionado de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”.
A intensificação de críticas dos Estados Unidos contra Moraes ocorre após a decisão do ministro, que determinou, na segunda-feira (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro. Naquele mesmo dia, o Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão do Departamento de Estado norte-americano, realizou uma publicação criticando a ordem de Moraes, afirmando que o ministro “continua usando as instituições do Brasil para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”.
O Departamento foi enfático ao afirmar que os Estados Unidos condenavam a decisão do magistrado brasileiro e prometeu que o o governo americano iria responsabilizar “todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas” de Moraes.
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