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Ethereum faz 10 anos com rali de 50% em 1 mês, beliscando bolsos de Wall Street
Economia

Ethereum faz 10 anos com rali de 50% em 1 mês, beliscando bolsos de Wall Street 

O Ethereum (ETH) completa nesta quarta-feira (30) dez anos de operação, em um momento de forte valorização diante da perspectiva de convencer investidores institucionais que não é só o Bitcoin (BTC) que merece atenção dos portfólios.

Criada em 2015 para permitir a execução de contratos inteligentes (programas que rodam na blockchain sem intermediários), a rede concentra depósitos em criptomoedas na ordem de quase US$ 150 bilhões (R$ 839 bilhões), segundo dados do DappRadar. Em segundo está a Solana (SOL), que tem “travados” US$ 15,7 bilhões (R$ 88 bilhões) em ativos digitais.

O Ethereum chega ao marco histórico com alta de mais de 50% no mês de julho, apoiada por entradas recordes em ETFs e pelo fortalecimento de uma nova narrativa de “reserva de valor”.

Oportunidade única

Cartão Legacy: muito além de um serviço

Os ETFs de ETH listados nos Estados Unidos, que permitem investir no ativo via bolsa sem a necessidade de compra direta, acumularam US$ 9 bilhões em aportes até 25 de julho, sendo mais de US$ 5 bilhões apenas neste mês. Segundo a gestora Hashdex, esse movimento gerou a sequência mais longa de fluxos positivos desde o lançamento desses fundos em julho de 2024, contribuindo diretamente para a recente valorização do token.

O cenário também foi favorecido por medidas regulatórias nos EUA vistas como um marco para aumentar a segurança jurídica e a confiança institucional no setor. Em julho, o Congresso aprovou o GENIUS Act, que estabelece regras para stablecoins (criptomoedas lastreadas em moedas fiduciárias como o dólar e que podem rodar na rede Ethereum) e o CLARITY Act, que define parâmetros para a classificação e regulamentação de ativos digitais.

A nova narrativa de reserva de valor

Nos últimos meses, o Ethereum começou a ganhar espaço em uma narrativa até então associada quase exclusivamente ao Bitcoin: a de ativo de reserva corporativo. Essa percepção foi reforçada em julho, quando o bilionário Peter Thiel revelou uma participação de 9,1% na Bitmine Immersion Technologies (BMNR), empresa liderada por Thomas Lee e focada em estratégias de tesouraria corporativa com ETH.

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O investimento de Thiel gerou alta de 25% nas ações da BMNR no dia do anúncio e foi acompanhado por ganhos em outras empresas com tesouraria de ETH, como a SharpLink Gaming, que subiu 17% na mesma sessão. A estratégia, inspirada no modelo de tesouraria corporativa com Bitcoin, busca posicionar o ETH como um ativo escasso, de utilidade prática e capaz de preservar valor ao longo do tempo.

Na última semana, o argumento ganhou o apoio de Cathie Wood, fundadora da Ark Invest e conhecida apoiadora da tese das criptomoedas. Ela comprou cerca de 4,77 milhões de ações da BitMine, avaliadas em US$ 182 milhões.

“Será interessante ver se os gestores de ativos escolhem uma única ação vinculada ao ETH, ou algumas dentro de um determinado grupo de ativos, para diversificação”, disse Noelle Acheson, autora do boletim Crypto is Macro Now. “A próxima iteração será, imagino, empresas de tesouraria que compram uma mistura de ativos, dando aos gestores de fundos mais opções de diversificação.”

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De ataque hacker a Wall Street

A trajetória do Ethereum inclui eventos como o ataque ao projeto The DAO em 2016 e o subsequente hard fork que originou o Ethereum Classic, o boom das finanças descentralizadas (DeFi) e dos NFTs, e a transição para o sistema de proof-of-stake com o The Merge, em 2022. A mudança reduziu o consumo de energia da rede em mais de 99% e introduziu o staking, que permite aos detentores de ETH travarem seus tokens para ajudar a validar transações, recebendo recompensas.

Segundo Sebastian Serrano, CEO da Ripio, a rede “evoluiu de um experimento promissor para uma infraestrutura robusta” e mantém vantagens competitivas como a Ethereum Virtual Machine (EVM), base tecnológica que sustenta milhares de aplicações descentralizadas.

O Ethereum é usado por bancos centrais, emissores de stablecoins e empresas de tokenização de ativos, processo que converte ativos reais, como títulos e imóveis, em versões digitais negociáveis na blockchain. Para especialistas, seu modelo deflacionário, que queima parte das taxas de transação, e a possibilidade de gerar rendimento via staking fortalecem sua utilidade além da especulação.

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Com dez anos de operação, o Ethereum enfrenta concorrência ferrenha de redes como Solana (SOL), mas ainda é a plataforma central para aplicações descentralizadas e, em 2025, dá sinais de que pode disputar algo que parece mais longe para suas rivais: os bolsos dos maiores investidores do mundo.

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