O governo socialista da Espanha anunciou nesta terça-feira (5) que “rejeita de forma categórica qualquer plano de Israel para ocupar a Faixa de Gaza”.
A posição foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, em resposta à declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou considerar a “ocupação total” do território palestino.
Albares deixou claro que nem a Espanha, nem a União Europeia, “reconhecem a legitimidade de anexações de Gaza ou da Cisjordânia”. O chanceler destacou que tais ações ferem a proposta de dois Estados, considerada pela diplomacia socialista espanhola como a “única solução viável para o conflito”.
O ministro espanhol também denunciou a presença militar israelense em Gaza, classificando o controle sobre a região e o deslocamento de civis como “graves violações do direito internacional”. Apesar de não rotular diretamente as ações de Israel como “genocídio”, Albares lembrou o envolvimento da Espanha no processo em curso no Tribunal Internacional sobre o tema, sob liderança da África do Sul.
Além disso, Albares criticou o que considerou como “atuação tardia” da União Europeia diante da guerra no Oriente Médio e defendeu a suspensão do acordo de associação com Israel – tratado que regula as relações políticas, comerciais e de cooperação entre as partes -, citando supostas “violações diárias dos direitos humanos em Gaza”.
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