A lei da oferta e demanda é vivida na prática no centro financeiro de São Paulo. A baixa disponibilidade de escritórios corporativos em regiões de grande demanda, como na Avenida Faria Lima, inflaciona o preço do metro quadrado corporativo na região, que chega a atingir o teto de R$ 400 m²/mês, de acordo com as empresas Colliers e Buildings, especializadas no mercado imobiliário corporativo. Já a média de preços fica em R$ 316 m²/mês, a mais cara da cidade.
O valor é pressionado pela baixa taxa de vacância, que está em 2% nesta área específica, de acordo com um levantamento exclusivo divulgado pela Colliers. Na Avenida Juscelino Kubitschek, a segunda mais cara, o valor médio é de R$ 293 m²/mês, e a taxa de vacância é de 4%.
Nos escritórios classe A+, a média de preços praticada na cidade até o terceiro trimestre deste ano é de R$ 101 m²/mês, aponta a Colliers. A taxa de vacância geral ficou em 17% no período, se mantendo praticamente estável na cidade.
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Empreendimentos ‘boutique’
Os altos preços de alugueis não ficam restritos às avenidas. Nas adjacências, uma parte da cidade ganhou o apelido de “Nova Faria Lima” no mercado imobiliário e é formada por um pedaço dos bairros Itaim Bibi e Cidade Jardim, se estendendo desde a Marginal no Shopping Eldorado até a Avenida Santo Amaro.
Nesta região, segundo o levantamento da Buildings, também obtido com exclusividade, a taxa de vacância nos imóveis Classe A é de 9,6% no terceiro trimestre deste ano. Lá, há 107 mil m² em construção, uma metragem menor do que a do trimestre anterior.
Essa falta de grandes áreas para novos escritórios na Faria Lima impulsiona as construções de empreendimentos boutique, afirma Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
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“São imóveis em prédios pequenos, de quatro a seis andares, bem localizados e com aspectos técnicos altos”, afirma.
Entre os exemplos, ele cita os imóveis produzidos pela RBR Asset, como o JHA Corporate Boutique, que ainda está em obras. O empreendimento de sete andares, que tem 5,9 mil m² monousuário, fica na rua Iaiá, entre a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek e a Faria Lima.
“Mesmo em metragens menores, esses empreendimentos se destacam por suas especificações técnicas de alto padrão, como ar-condicionado de última tecnologia, pé direito alto, piso elevado e certificação sustentável, prometendo entregar muito valor agregado”, diz.
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Expansão
Em relação às áreas que ainda vão ser entregues, as maiores concentrações de novos metros quadrados corporate da cidade estão concentradas na Chucri Zaidan, com 140,8 mil m² em obras, seguido por Chácara Santo Antônio (97,5 mil m²) e Pinheiros (93,5 mil m²).
Essa expansão dos CEPs também se observa nos projetos. Chucri Zaidan, Rebouças e Marginal Pinheiros concentram as maiores áreas da cidade, com 38 mil m², 25,9 mil m² e 21 mil m², respectivamente, de acordo com a Colliers.
Região | Área em construção | Área em projeto |
Chucri Zaidan | 140.895 | 38.000 |
Chácara Santo Antônio | 97.561 | 0 |
Pinheiros | 93.597 | 5.585 |
Marginal Pinheiros | 21.150 | 21.067 |
Nova Faria Lima | 21.113 | 0 |
Vila Olímpia | 8.662 | 0 |
Barra Funda | 0 | 0 |
Berrini | 0 | 0 |
Faria Lima | 0 | 0 |
Itaim Bibi | 0 | 7.460 |
JK | 0 | 0 |
Paulista | 0 | 0 |
Rebouças | 0 | 25.984 |
Santo Amaro | 0 | 0 |
Total | 382.977 | 98.096 |
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