O governo de Israel se reunirá nesta quinta-feira (7) para discutir e possivelmente aprovar a execução de um novo plano para derrotar o que resta das forças terroristas do Hamas e libertar os últimos reféns que são mantidos na Faixa de Gaza – estima-se que haja 20 vivos.
A nova operação, programada para durar de quatro a cinco meses, permite a ampliação do controle das tropas israelenses em vastas áreas do enclave palestino, algumas que ainda não foram de acordo com informações reveladas pela imprensa local no dia anterior.
Segundo o jornal Times of Israel, o plano começaria com o controle da Cidade de Gaza, no norte da Faixa, e de campos na Faixa central. A população que está nessas regiões seria movimentada para o sul, em direção à zona humanitária de Mawasi.
Além da ampliação dos locais de atuação dos militares, o governo avalia a expansão dos centros de distribuição de ajuda em coordenação com os Estados Unidos, segundo os relatos à imprensa.
O Canal 12 de Israel explicou que, na primeira fase do plano, Israel emitiria alertas de evacuação aos moradores da Cidade de Gaza – aproximadamente metade da população palestina – para se deslocarem a locais seguros, que seriam indicados pelas Forças de Defesa (FDI). Essa primeira etapa poderia durar semanas.
Nesse período, os Estados Unidos devem anunciar a aceleração da ajuda humanitária. O embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, disse à agência Bloomberg na quarta-feira (6) que há um esforço atualmente visando criar pelo menos mais 12 locais para entrega de ajuda pela Fundação Humanitária de Gaza.
Segunda fase: novas operações militares
Numa segunda fase, Israel começaria a atuar nessas regiões pouco exploradas com apoio financeiro de alguns países, incluindo os EUA. Segundo o Canal 12, a expansão seria financiada por aproximadamente US$ 1 bilhão em doações externas.
As operações contariam com o envolvimento de quatro a cinco divisões das Forças de Defesa de Israel (FDI). A emissora KAN informou por meio de fontes de segurança não identificadas que, além da Cidade de Gaza, os militares atuariam em uma região praticamente sem operações até agora, os campos no centro do enclave.
Trump não se opôs a uma possível ocupação total de Gaza
No início da semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que uma ocupação total da Faixa de Gaza “dependerá em grande parte de Israel”, sem deixar claro seu posicionamento.
Esse suposto plano, no entanto, não conta com o apoio das Forças de Defesa de Israel (FDI), que relutam em atuar em locais onde os reféns estão detidos por temer que terroristas em Gaza os executem diante do avanço das tropas (como já aconteceu no final de agosto de 2024 com seis sequestrados, encontrados em 1º de setembro). Além disso, existe uma ameaça aos próprios militares ao atuarem nessas regiões.
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