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Embraer já teve 20% do impacto das tarifas dos EUA até 2T; empresa segue negociação
Economia

Embraer já teve 20% do impacto das tarifas dos EUA até 2T; empresa segue negociação 

A Embraer (EMBR3) projeta que o impacto da tarifa norte-americana de 10% no setor de aviação brasileiro seja de US$ 65 milhões ao longo de 2025. Deste total, 20% já foram realizados até o 2T25. As ações da companhia operam estáveis após a Embraer reverter lucro e registrar prejuízo ajustado R$ 53,4 milhões no 2T25.

Os executivos da companhia destacaram, em teleconferência de resultados na manhã desta terça-feira (5), que não houve impactos das tarifas nos custos de insumos e a relação segue harmônica com os principais fornecedores. “Com base no que observamos nos outros países, temos boa expectativa de que também tenhamos alíquota zero para o setor no Brasil”, afirmou o CEO, Francisco Gomes Neto.

As implicações das tarifas para o setor dominaram a teleconferência de resultados da Embraer. A diretoria está otimista quanto a um desfecho positivo para a reversão das sanções dos EUA sobre o Brasil. “Reconhecemos o esforço e a mudança anunciada pelo governo americano (sobre tarifas), e continuamos conversando e levando nosso caso econômico para que eles possam buscar uma saída para voltar à alíquota zero na aviação como foi nos últimos 45 anos”, disse o CEO. A companhia teve isenção da tarifa adicional de 40% que passa a valer na próxima quarta, mantendo a tarifa de 10% anunciada em abril.

A Embraer diz que está completamente fora dos planos qualquer tipo de redução de quadro de pessoal por conta da redução de produção. Apesar disso, o CFO, Antonio Garcia, afirma que o segundo semestre trará desafios, como pressões inflacionárias, volatilidade cambial e os impactos das tarifas. “As tarifas dos EUA continuam sendo grande preocupação para nossos negócios”, disse o CEO.

“Por segurança, vamos manter o guidance e, conforme vermos a evolução dos próximos trimestres, podemos fazer ajustes. Ninguém pode saber o que exatamente vai acontecer com relação às tarifas, pontuou Francisco Gomes Neto.

Trimestre sólido

Em relação aos resultados do 2T25, Francisco Gomes Neto classificou o trimestre como “sólido”, ressaltando que a Embraer registrou a maior receita de sua história para um segundo trimestre. “O desempenho da Embraer no 2T25 foi brilhante e consistente”, afirmou o CFO Antonio Garcia. As receitas totalizaram R$ 10,3 bilhões no segundo trimestre, +30,9% na comparação anual (2T25 x 2T24).

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A companhia espera alcançar em 2025 de US$ 7 bilhões a 7,5 bilhões em receitas. “Estamos focados em alongar o prazo das dívidas e reduzir o custo do nosso capital”, explicou o CFO. Ele destacou que a companhia terminou o primeiro semestre com alavancagem de 0,7x dívida líquida/Ebitda, uma melhora substancial em relação ao índice de 2x registrados há um ano.

Francisco Gomes Neto mostrou otimismo com relação às novas encomendas, especialmente para os jatos E2, e disse que não espera outros grandes pedidos de E175 para este ano. O executivo também disse que está em negociação com um parceiro relevante sobre produção local da aeronave militar C-390, caso consiga introduzi-la nos EUA.

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