As ações da Embraer (EMBR3) estão entre os destaques do Ibovespa nesta terça-feira (14). Às 16h33 (horário de Brasília), os ativos saltavam 4,48%, a R$ 82,31.
A empresa realizou seu Investor Day 2025 em Nova York. Segundo o JPMorgan, os principais destaques foram: i) foco no crescimento lucrativo, alcançando mais de US$ 10 bilhões em receitas e margem EBIT de dois dígitos até o final da década (contra 8,3% estimados para 2025); ii) produção anual planejada para o final da década de mais de 100 jatos E-Jets, mais de 180 jatos executivos e mais de 10 KC-390; e iii) o trabalho contínuo para reduzir as tarifas dos EUA do nível atual de 10%.
“De modo geral, os comentários da Embraer corroboram nossa tese otimista sobre a empresa”, aponta o JPMorgan, lembrando que a Embraer começará a ser negociada sob o ticker EMBJ a partir de 3 de novembro de 2025.
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Cabe ressaltar que, além disso, antes da abertura do mercado, a fabricante de jatos anunciou que a TrueNoord, empresa especializada em leasing regional de aeronaves, assinou um contrato de pedido firme com a Embraer para adquirir 20 novas aeronaves E195-E2.
O acordo também inclui os direitos de compra de até 20 novas aeronaves E195-E2 adicionais e até 10 novas aeronaves E175-E1. A preço de tabela, o pedido firme está avaliado em US$ 1,8 bilhão.
O Bradesco BBI vê esta notícia como positiva para a Embraer, pois o pedido firme a um preço de lista de US$ 1,8 bilhão pode aumentar sua carteira de pedidos de aviação comercial em 14%, ou a carteira consolidada em 6%.
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“Estimamos que a ordem firme deve ter um VPL (Valor Presente Líquido) de aproximadamente 2% do preço de fechamento de ontem (cerca de R$ 1,50). O novo pedido firme da TrueNoord segue o pedido da Avelo de 50 E195-E2 em 10 de setembro e o pedido da LATAM de 24 E195-E2 em 22 de setembro, o que significa que a Embraer conseguiu aumentar sua carteira comercial em 94 unidades em pouco mais de um mês, contra uma carteira de pedidos no 2T25 de 437 unidades, ou US$ 13,1 bilhões, que já estava em seu nível mais alto nos últimos 8 anos”, apontam os analistas do BBI.
Além disso, ressalta, à medida que a Embraer reforça sua carteira de pedidos de aviação comercial, a empresa pode oferecer gradualmente menos descontos comerciais, o que pode contribuir para a melhoria das margens da aviação comercial ao longo do tempo.
Com este pedido, a relação book-to-bill (a proporção entre o valor de novos pedidos recebidos e o valor de bens faturados) da aviação comercial está em um forte 2,6x estimado para 2025 (versus o Ponto médio da orientação de entrega de 2025), acima do valor de 2024 de 1,6x, destacando o momento favorável. O book-to-bill para o E195-E2 em particular é de 3,5x (vs. nossas entregas estimadas para 2025).
Novos pedidos para reduzir o risco do E2 e de aeronaves comerciais em geral são um dos gatilhos que podem ajudar a elevar as ações. “Continuamos a ver um possível acordo com os EUA para ter tarifas zero, bem como novos pedidos para os jatos comerciais e o KC-390 para serem novos gatilhos em potencial”, avalia o BBI, mantendo recomendação de compra e um preço-alvo para 2026 de R$ 99,00 para a EMBR3, que é uma de suas principais escolhas.
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