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Embraer corrige prejuízo para lucro de R$ 675 mi – mas essa não é maior questão do 2T
Economia

Embraer corrige prejuízo para lucro de R$ 675 mi – mas essa não é maior questão do 2T 

De um prejuízo ajustado de R$ 53,4 milhões para um lucro ajustado de R$ 675 milhões no 2º trimestre.

Na noite de terça-feira (5), dia em que a Embraer (EMBR3) divulgou seu resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25), a fabricante de jatos soltou um fato relevante no qual corrige um erro contábil que impactava diretamente o resultado final do segundo trimestre de 2025. Conforme o comunicado, ao invés de um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões, como reportado antes, a empresa apurou lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões.

Ainda segundo a Embraer, os ajustes referem-se à correção do valor reportado na linha Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos, o que impactou, consequentemente, o valor reportado na linha Lucro (prejuízo) Líquido Ajustado.

O formulário de informações trimestrais (ITR), a apresentação realizada na conferência de resultados e o release de resultados ajustados foram devidamente reapresentados, destacou a empresa.

“O ajuste se referiu ao imposto de renda e à contribuição social. Considero que o impacto disso é neutro para a análise da tese de investimento. É, sobretudo, uma questão de transparência e de clareza na divulgação de informações, mas, para a tese, esse ajuste é pouco relevante, dado que os números contábeis oficiais foram divulgados corretamente”, avalia Guilherme Cambraia, analista de ações da Trígono Capital.

Confira:

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Olhando para o resultado em si, avalia o analista, o segundo trimestre é importante, como de costume. Entretanto, o segundo semestre, com os terceiro e quarto trimestres, apontam efeito de maior sazonalidade. Portanto, o mercado prestará atenção especial ao lucro e à geração de caixa nesse período.

Cambraia ainda cita o cenário com as tarifas propostas pelo governo de Donald Trump, que representavam uma considerável incerteza para a companhia, sendo dirimido depois.

A Embraer evitou um possível revés na semana passada, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, isentou as aeronaves da tarifa de 50% imposta às importações dos EUA provenientes do Brasil, mas ainda enfrenta uma tarifa de 10% imposta inicialmente em abril, que a empresa considerou prejudicial, mas administrável.

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“A companhia demonstrou preocupação uma vez que, das quatro linhas de negócio da Embraer – aviação comercial, executiva, defesa e segurança, e suporte de serviço – o impacto seria potencialmente maior nos jatos executivos, como o Phenom e o Praetor, e na aviação comercial”, aponta o analista, citando os destaques da teleconferência da companhia.

Contudo, a Embraer destacou a relevância da aviação regional nos Estados Unidos, especialmente levando em conta o avião E175. “Este modelo, que opera na categoria de 80 a 100 assentos, é crucial para a conectividade no mercado regional dos Estados Unidos. A Embraer apresentou dados que evidenciam sua importância na balança comercial com os Estados Unidos, estimando um superávit de aproximadamente US$ 8 bilhões até 2030, considerando empregos diretos e indiretos, que totalizam cerca de 13 mil postos de trabalho”, avalia.

O analista também aponta que a empresa ressaltou os investimentos em curso, incluindo a construção de novas oficinas em Dallas e Melbourne, e a expansão de suas instalações.

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Adicionalmente, mencionou a possibilidade de estabelecer uma linha de montagem nos Estados Unidos para o KC-390, caso haja uma decisão de compra por parte do governo americano, o que geraria mais de 2.500 empregos diretos e indiretos, além da compra de materiais fabricados nos Estados Unidos.

“A Embraer, portanto, demonstra ter relevância não apenas para o Brasil, mas também para os Estados Unidos. Acredito que uma tarifa de 50% seria prejudicial para ambas as partes, o que justifica o acordo alcançado. A Embraer, inclusive, demonstrou confiança em reduzir essa tarifa a 0%. Atualmente, a empresa está enquadrada nos 10% inicialmente impostos, mas acredita que, com base nesses argumentos e considerando sua importância na indústria aeronáutica global, conseguirá ser enquadrada em 0% de tarifas, como vinha ocorrendo nos últimos anos”, aponta Cambraia, ressaltando que essa confiança foi expressa na teleconferência de resultados.

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