A Eletrobras (ELET3; ELET6) viveu dia de forte alta nesta segunda-feira (29). Os papéis fecharam com alta de 4,32%, a R$ 55,57, para ELET3, e 4,16%, a R$ 52,80, para ELET6.
Mais cedo, o Bradesco BBI reiterou a companhia elétrica Eletrobras (ELET6) como uma das principais recomendações no setor de utilities, ao lado de Sabesp (SBSP3), elevando o preço-alvo para o final de 2026 de R$ 67 para R$ 83,00, o que representa potencial de valorização (upside) de 56% frente o preço de fechamento de sexta-feira de R$ 50,69. A recomendação de compra foi mantida.
Além disso, comentários do CEO da companhia em evento promovido pelo Itaú BBA também ajudaram a elevar os papéis ao longo do dia. Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras (ELET3), afirmou que o processo de privatização de uma companhia requer paciência e orientação estratégia profunda.
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O presidente da companhia, que foi privatizada em 2022, disse que contratos assinados antes da privatização não se extinguem com a nova configuração jurídica da empresa, o que significa que a privatização “vai se dar ao longo do tempo”.
Na esteira da alta, o Ibovespa iniciou a semana em renovação, mais uma vez, de recorde intradia, pela manhã na marca de 147.558,22 pontos. No fechamento, o índice da B3 mostrava ganho um pouco mais acomodado, de 0,61%, aos 146.336,80 pontos, perto também de estabelecer nova marca para o encerramento – sem romper o pico mais recente, da última quarta-feira, então aos 146.491,75 pontos.
Com a que ora começa, a semana dá prosseguimento a uma série de renovações de marcas para o Ibovespa, deflagrada ainda no final de agosto, no dia 29, há exatamente um mês.
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Nesta segunda-feira, saiu de mínima na abertura aos 145.446,71 pontos, operando sempre no positivo à espera, nesta semana, da possível conversa entre os presidentes Donald Trump e Lula sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil e, em especial de novos dados americanos, com destaque para o payroll, na sexta-feira.
Entre os ativos globais, o petróleo foi o destaque, em queda superior a 3% em Nova York e Londres, com foco na oferta da Opep+ que pode aumentar em novembro – um ajuste de preços na commodity que manteve as ações de Petrobras (ON -1,89%, PN -1 36%) na contramão das demais blue chips na B3 nesta abertura de semana. Vale ON subiu 0,33%. Entre os principais bancos, destaque para Bradesco, com a ON em alta de 1,26% e a PN, de 1 02%. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Eletrobras (PNB +4,30%, ON 3,93%) e CSN Mineração (+3,95%). No campo oposto, Braskem (-5 13%), Magazine Luiza (-5,09%) e Vamos (-2,99%).
Felipe Paletta, estrategista da EQI Research, destaca que a semana começou bem com mais uma revisão, para baixo, nas projeções de mercado para o IPCA de 2025 e 2026, conforme o boletim Focus, o que ampara a visão de que a Selic deve, em breve, começar a ser cortada pelo Banco Central. “Esse processo contínuo de revisões nas expectativas para a inflação dá sustentação à ideia de que a Selic começará a cair no começo do próximo ano”, acrescenta.
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Outro desdobramento do dia também corrobora a percepção de que a Selic tende a ser cortada antes cedo do que tarde, observa o estrategista: a leitura abaixo do esperado para a geração de vagas de trabalho formais no Brasil em agosto, conforme os dados do Caged, nesta tarde.
Para Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, o Ibovespa refletiu o ‘risk on’ e o ajuste de câmbio – que prosseguiu na segunda, com dólar a R$ 5,32, em baixa de 0,30% -, favorecido pelo carry trade: uma combinação que tem beneficiado também os ativos cíclicos locais, na B3, levando o Ibovespa a uma nova máxima histórica intradia mesmo numa segunda-feira de agenda econômica relativamente fraca.
“Super de olho no payroll da sexta-feira, na medida em que o mercado aqui, como outros emergentes, está num momento de grande influência do fluxo estrangeiro, nesse processo de ajuste do dólar desde que o Fed sinalizou – e efetivou – o início do corte de juros nos Estados Unidos”, acrescenta Figueredo.
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(com Estadão Conteúdo)
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