Os mercados globais encerraram a última semana (17/10) em tom misto, refletindo uma fase de ajustes técnicos após o rali observado nos últimos meses. O Ibovespa busca consolidar recuperação após respeitar suporte importante, enquanto o dólar futuro segue pressionado, ainda dentro de uma tendência de baixa. Nos Estados Unidos, a Nasdaq e o S&P 500 mostraram resiliência, sustentando parte dos ganhos acumulados em 2025, mesmo com sinais pontuais de correção. Já o Bitcoin estende o movimento de queda, após ter renovado sua máxima histórica recentemente, indicando perda momentânea de força compradora.
O cenário técnico sugere uma pausa natural dos mercados antes de uma nova definição de tendência. A consolidação dos preços nas próximas sessões será fundamental para indicar se o movimento atual representa apenas uma correção pontual ou o início de uma fase mais longa de ajuste.
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Análise técnica do Ibovespa
O Ibovespa segue em movimento de correção desde que atingiu sua máxima histórica em 147.578 pontos, mas mostra sinais de recuperação após respeitar o suporte em 140.231 pontos. O índice fechou a última sessão em alta de 0,84%, aos 143.398 pontos, interrompendo uma sequência de quedas. Em outubro, acumula baixa de 1,94%, enquanto no acumulado de 2025 ainda sobe 19,22%, refletindo o saldo positivo do ano. O IFR em 53,14 aponta zona neutra.
O gráfico diário mostra que o índice volta a negociar entre as médias de 9 e 21 períodos, o que reforça a possibilidade de retomada do fluxo comprador caso consiga superar 143.606/144.531 e, depois, a faixa de 145.100/146.520 pontos. Se confirmar esse rompimento, os alvos projetados ficam no topo histórico de 147.578 pontos, com extensão em 147.700/148.625 pontos.
Já para retomar o fluxo vendedor, o Ibovespa precisaria perder o suporte em 141.153/140.231, o que poderia levar o índice a 139.581/137.058 e, em movimento mais longo, 133.875/133.330 pontos.
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Análise técnica do Dólar
O dólar futuro mantém tendência de baixa desde o final de 2024, quando encontrou resistência em 6.756,5 pontos. No acumulado de 2025, recua 17,72%, mas na última sessão registrou nova queda de 0,88%, encerrando aos 5.425 pontos, ainda dentro de uma estrutura de lateralização entre suportes e médias móveis. O IFR(14) em 48,67 mostra neutralidade.
Para seguir com o movimento de baixa, o ativo precisa romper 5.418/5.387,5 pontos, abrindo espaço para 5.325/5.319 — mínimas anuais — e, em extensão, 5.259/5.211 pontos.
Já uma reação compradora dependerá do rompimento da faixa de 5.479/5.560 pontos, o que poderia levar o contrato a 5.582,5/5.608,5 e, posteriormente, a 5.667/5.758 pontos. Enquanto isso não ocorre, o viés segue ligeiramente negativo.
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Confira a análise dos minicontratos:
Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq mantém uma estrutura técnica saudável, mesmo após a correção recente. O índice, que acumula alta de 18,11% em 2025, encerrou a última semana com avanço de 2,46%, aos 24.817 pontos, mostrando reação após semanas de pressão. No mês de outubro, sobe 0,56%, e segue próximo de suas médias de curto prazo.
Para confirmar a retomada da tendência de alta, será necessário romper 24.881 pontos, mirando novamente o topo histórico em 25.195 pontos. Se superar esse patamar, os alvos projetados ficam em 25.300 e 25.600/25.990 pontos.
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Caso contrário, a perda da região de 24.481/24.186 pode levar a correções mais fortes em 23.969/23.698 e, em extensão, até 23.279/22.959 pontos.

Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 mantém tendência primária de alta, mesmo após a realização observada nas últimas sessões. O índice chegou a renovar o topo histórico em 6.764 pontos, mas passou a operar de forma mais lateral desde então. Atualmente, acumula alta de 13,30% em 2025 e leve queda de 0,37% em outubro, negociando em 6.664 pontos.
No gráfico diário, observo que o ativo trabalha próximo das médias móveis e, para retomar o fluxo comprador, precisa romper 6.689 pontos, mirando novamente a máxima em 6.764 e os alvos projetados em 6.815/6.870/6.945 pontos.
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Já para retomar a pressão vendedora, seria necessário romper 6.592/6.550, abrindo caminho para 6.500/6.416 e 6.343/6.296 pontos. Apesar da correção, o cenário técnico ainda favorece o lado comprador, com tendência de fundo ascendente preservada.

Confira mais análises:
Análise do Bitcoin
O Bitcoin vem de duas semanas consecutivas de forte correção, acumulando baixa superior a 6% na semana e queda de 5,31% em outubro, após renovar sua máxima histórica em US$ 126.199. Apesar da correção, o ativo ainda sobe 15% em 2025.
No curto prazo, o gráfico mostra consolidação dentro de uma faixa de lateralização, com suporte importante em US$ 106.322/US$ 103.528 e resistências em US$ 108.631/US$ 115.166.
Para retomar o movimento de alta, o ativo precisa superar US$ 117.900/US$ 124.474, mirando o topo histórico em US$ 126.119 e projeções mais longas em US$ 127.400/US$ 129.900. Já se mantiver o movimento corretivo, a perda da faixa de US$ 103.528 pode levar o ativo a US$ 100.000/US$ 97.895, com extensões até US$ 92.800/US$ 88.765.

IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.
Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.
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