O dólar à vista recuava ante o real nesta quarta-feira (6), acompanhando a baixa da moeda americana no exterior, enquanto a forte valorização do petróleo também favorecia a moeda brasileira.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 10h47, o dólar à vista caía 0,62%, a R$ 5,471 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,65%, a R$ 5,505 na venda.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,02%, a R$5,50565.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,470
- Venda: R$ 5,471
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,528
- Venda: R$ 5,708
Lá fora, há expectativas de início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro e falas de três dirigentes do BC americano são esperadas à tarde: Lisa Cook (diretora) e Susan Collins (Boston), às 15 horas; e Mary Daly (São Francisco) às 17h10.
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Internamente, há cautela no pano de fundo dos negócios, com o início do tarifaço dos EUA ao Brasil e sem diálogo ainda entre o presidente americano, Donald Trump, e o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não vou ligar para o Trump para negociar nada (sobre o tarifaço), porque ele não quer”, discursou Lula nesta terça-feira, 5, para afirmar em seguida: “Mas pode ficar certa, Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente). Vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP (a reunião global sobre mudanças climáticas, que desta vez vai acontecer em Belém); quero saber o que é que ele pensa da questão climática”.
Lula voltou a reclamar que o presidente americano poderia ter ligado antes para ele ou para o vice-presidente Geraldo Alckmin, já que haveria disposição de diálogo em relação à imposição de novas tarifas. O tarifaço foi divulgado por meio de carta publicada em rede social. “O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil.”
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No radar está também palestra do presidente do BC, Gabriel Galípolo (10h).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta manhã que o plano de contingência contra a tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil está pronto, o anúncio será feito pelo presidente Lula e as propostas devem ser encaminhadas ao Congresso via Medida Provisória.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, falou em possível “surpresa” dos EUA sobre carne e café e alertou para impactos fiscais do plano de contingência.
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A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, se reúne nesta quarta-feira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, um dia antes da entrada em vigor das tarifas de 39% anunciadas por Trump contra produtos suíços.
A montadora japonesa Honda informou que o impacto das tarifas do governo Trump foi de 125 bilhões de ienes, equivalentes a cerca de US$ 850 milhões.
O presidente russo, Vladimir Putin, conversou com o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, em Moscou nesta quarta-feira, segundo o Kremlin, dias antes do prazo estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para que a Rússia alcance um acordo de paz com a Ucrânia. Caso um cessar-fogo não seja alcançado até sexta-feira, o republicano prometeu impor penalidades econômicas que também podem atingir países que compram petróleo russo.
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(Com Estadão)
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