Republicanos e democratas do Congresso não chegaram a um acordo em uma nova votação realizada nesta quarta-feira (1º) para encerrar a paralisação do financiamento público, conhecido como shutdown.
A maioria dos democratas do Senado votou novamente para rejeitar o projeto de lei de gastos provisórios proposto pelos republicanos, que financiaria o governo até 21 de novembro. O placar ficou em 55 votos favoráveis contra 45 – são necessários 60 votos para avançar com o plano de gastos.
No mesmo sentido, os republicanos derrubaram por 53 votos contra 47 uma proposta da legenda em minoria, que destina mais financiamento para a saúde com uma extensão dos créditos da Lei de Cuidados de Saúde Acessíveis (Obamacare), que expirarão no final do ano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já começou a tomar medidas contra a oposição, conforme prometido na terça-feira, antes do shutdown ter início. Mais cedo nesta quarta, o chefe de orçamento da Casa Branca anunciou a suspensão de projetos de infraestrutura na cidade de Nova York, visando atingir os líderes da minoria democrata no Congresso.
Durante a paralisação, as forças de segurança, as Forças Armadas, os aeroportos e a previdência social continuarão funcionando normalmente. No entanto, os funcionários desses setores não receberão seus salários até que os dois partidos resolvam as diferenças no Congresso e aprovem um novo orçamento.
Os departamentos de Agricultura e Habitação e Desenvolvimento Urbano publicaram comunicados oficiais nesta quarta em seus sites responsabilizando a “esquerda radical” pelo shutdown.
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, prepararam uma coletiva nesta tarde, na qual voltaram reiteraram a posição do governo de que a culpa da paralisação é dos democratas.
Vance repetiu a ameaça feita por Trump no dia anterior de que pode surgir a necessidade de demissões no poder público.
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