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Como identificar ações baratas? Saiba quais são os 3 múltiplos preferidos de Max Bohm
Economia

Como identificar ações baratas? Saiba quais são os 3 múltiplos preferidos de Max Bohm 





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Analista com mais de 20 anos de experiência no mercado, Max Bohm apontou os múltiplos que considera indispensáveis para avaliar o preço justo de uma ação e identificar oportunidades de longo prazo.

Convidado do episódio 71 do programa GainDelas, no canal GainCast, Bohm detalhou, com clareza, os três principais indicadores que utiliza para decidir onde investir — especialmente quando o objetivo é montar uma carteira de longo prazo.

Segundo ele, a análise por múltiplos é o caminho mais direto para descobrir se uma ação está cara ou barata. “Múltiplos são um indicador. Quanto menor o múltiplo, mais barato está um ativo, mais barato está a Bolsa”, afirma.

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1. Preço/Lucro (P/L): o clássico da análise

O primeiro e mais utilizado múltiplo, na visão de Bohm, é o preço sobre lucro (P/L), indicador internacionalmente conhecido e amplamente utilizado por analistas.

Ele destaca que o ponto central da análise por múltiplos está na relação entre o valor de mercado e a lucratividade do ativo.

“Por que está barata? Porque os múltiplos, os lucros que é o denominador, preço sobre lucro, está crescendo e o valor de mercado não tá acompanhando esse crescimento.”

“A Bolsa, por exemplo, hoje está com múltiplo de oito vezes preço/lucro. A média histórica é 10,5. Ela está bem abaixo da média histórica, ou seja, a Bolsa está barata”, ressalta.

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2. EV/Ebitda: foco na geração de caixa

Outro múltiplo considerado essencial por Bohm é o EV/Ebitda, que compara o valor total da empresa (incluindo dívidas) com sua geração de caixa operacional.

Embora seja mais aplicável a empresas não financeiras, é uma métrica amplamente usada para avaliar a capacidade da empresa de se financiar, crescer e manter suas operações de forma sustentável ao longo do tempo.

“EV é o valor de mercado mais a dívida, sobre o Ebitda, que é a geração de caixa operacional. Quanto menor, mais barato está.”

Ele ressalta que o Ebitda não aparece diretamente nos balanços contábeis, por se tratar de uma medida gerencial — e não contábil —, mas destaca que é amplamente utilizado por analistas e gestores como referência de geração de caixa.

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3. Preço/Valor Patrimonial (P/VPA): o termômetro do patrimônio

O terceiro indicador que Bohm destaca é o preço sobre valor patrimonial (P/VPA), utilizado para comparar o valor de mercado de uma empresa com o seu patrimônio líquido.

Quanto menor esse múltiplo, mais barata tende a estar a ação em relação ao que a empresa realmente vale.

“Quando eu falo que o R$ 16,00 do Banco do Brasil equivale a 0,5 do patrimônio, quer dizer o seguinte, por exemplo, se o Banco do Brasil tem um patrimônio líquido de 100 bi e ele vale 50 bi no mercado, significa que tá 0,5 do patrimônio líquido.”

Para Bohm, os múltiplos funcionam como um primeiro filtro objetivo na escolha de ações. No entanto, ele ressalta que esses indicadores precisam ser analisados à luz dos fundamentos e da realidade macroeconômica.

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“O valor de mercado é influenciado por tudo: Trump, STF, juros nos EUA. Mas o lucro, muitas vezes, não. As empresas estão muito bem, obrigado, mas o valor de mercado está caindo”, observa.

Essa diferença entre valor de mercado e lucratividade pode criar oportunidades únicas — desde que o investidor saiba o que está fazendo.

Para Bohm, a combinação de indicadores, histórico e fundamentos forma a base para tomar boas decisões de investimento.

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