Após as ações da Porto (PSSA3) subirem mais de 35% no acumulado do ano, o Citi acredita que é “hora de uma pausa” e rebaixou a recomendação para as ações da companhia, de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 58 para R$ 50. Às 12h42, os papeis da seguradora caíam 1,83%, a R$ 47,13.
Os analistas projetam um aumento de 28% nos lucros este ano, seguido por um crescimento de 7% em 2026. No entanto, destacam que o potencial de valorização é limitado, devido à combinação de menor taxa de juros e payout, enquanto as estimativas permaneceram praticamente inalteradas, ligeiramente abaixo do consenso para 2026.
5 razões para a recomendação
O Citi apontou cinco razões para manter recomendação neutra para a Porto (PSSA3).
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- O banco destaca que o negócio de seguros de automóveis apresenta baixo crescimento, com expansão anual de apenas 3% e concorrência crescente, enquanto a participação de originação da Porto caiu para 24,5%, a menor do indicador do Citi.
2. Para os analistas, a Resolução nº 4.966 deve resultar em maiores provisões no segundo semestre de 2025, à medida que as perdas de crédito aumentam, mesmo com os resultados do primeiro semestre impulsionados por mudanças contábeis.
3. O Citi projeta deterioração da sinistralidade: embora o segmento de saúde melhore para 75% em 2025, a expectativa é que alcance 78% em 2026, pressionando o mercado.
4. Para o time de analistas do banco, a queda nas taxas de juros, de 15% em 2025 para 12% em 2026, deve reduzir os retornos de investimento da empresa.
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5. O banco considera a Porto relativamente cara, negociada a um P/L (Preço sobre Lucro) de 9,5 vezes, acima do histórico de 8,9 vezes e dos pares. Considerando a relação P/V, o Citi projeta a ação sendo negociada a 2,0 vezes em 2026, próximo da sua meta, refletindo um retorno patrimônio líquido médio (ROAE) esperado de 23,5% para o próximo ano.
Onde o Citi pode estar errado
Por outro lado, o banco ainda vê risco de alta advindo de uma potencial venda de participação estratégica de sua unidade de negócios de Saúde.
A Porto planeja vender uma participação de sua operação de saúde no valor de R$ 1 bilhão, segundo estimativas.
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