A ditadura de Cuba informou que a ministra do Trabalho e Previdência Social, Marta Elena Feitó Cabrera, renunciou ao cargo, poucos dias após ela ter afirmado que “não há mendigos” no país caribenho, apenas pessoas “disfarçadas de mendigos”.
Segundo informações do jornal espanhol El País, a imprensa oficial cubana informou na noite de terça-feira (15) que a “camarada” ministra “reconheceu seus erros e apresentou sua renúncia”.
No início da semana, numa sessão sobre vulnerabilidade social na Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP), o Parlamento de fachada de Cuba, Feitó Cabrera fez declarações que causaram indignação entre cubanos nas redes sociais.
“Vemos pessoas que parecem mendigos. Quando você olha para as mãos delas, olha para as roupas que essas pessoas vestem, elas estão disfarçadas de mendigos, elas não são mendigos. Não há mendigos em Cuba”, disse a ministra.
“Quando há pessoas na rua limpando para-brisas [de carros], elas estão buscando um modo de vida fácil, nos semáforos, pedindo esmola, limpando, e possivelmente depois com esse dinheiro o que vão fazer é beber”, acrescentou Feitó Cabrera, que estava no cargo desde 2019.
Segundo reportagem do site independente CiberCuba, o Observatório Cubano de Direitos Humanos apontou que 89% das famílias cubanas vivem na pobreza extrema. A crise econômica que o país atravessa é a maior desde a dissolução da parceira União Soviética, em 1991.
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