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Brasil vive “golpe de Estado” do STF liderado por Moraes, diz WSJ
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Brasil vive “golpe de Estado” do STF liderado por Moraes, diz WSJ 

Um artigo de opinião publicado no jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) neste domingo (10), que está entre os mais populares do periódico, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes promovem neste momento um “golpe de Estado” contra a democracia do Brasil. Assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, o texto faz críticas contundentes a Moraes, citando que o ministro tem censurado opositores, ordenado prisões e conduzido inquéritos secretos sem qualquer controle institucional.

O artigo compara a situação brasileira às estratégias de “ditadores do século XXI”, que, segundo o texto, não tomam o poder por golpes militares, mas “copiam Hugo Chávez, consolidando o controle sobre instituições democráticas enquanto estão populares, para depois prender adversários ou forçá-los ao exílio”.

Para o WSJ, o caminho para uma ditadura no Brasil começou em 2019, quando o STF alegou ser alvo de ameaças e abriu o chamado “inquérito das fake news”, no qual atuou como acusador, investigador e juiz. “Moraes foi escolhido sem sorteio, passou a vigiar redes sociais, criminalizar opiniões e prender preventivamente críticos do tribunal”, afirma o artigo.

A atuação do ministro à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições presidenciais de 2022 também foi criticada.

“O tribunal se tornou notavelmente mais político, monitorando o discurso de partidos, candidatos e cidadãos, e censurando aqueles com quem discordava”, afirma o texto.

O artigo também questionou a condução das investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023.

“Cerca de 1.500 suspeitos foram presos, alguns mantidos até um ano aguardando julgamento, recebendo sentenças severas por transgressões menores”, diz o artigo, acrescentando que, enquanto a violência de esquerda é tratada com “compreensão”, opositores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentam “mão de ferro”.

O artigo ainda lembrou que, em março de 2021, o STF anulou a condenação por corrupção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmada em duas instâncias, fato que “inflamou a direita brasileira”. O texto afirma que, a partir daí, o tribunal “tentou calar” opositores, mas “alguns influenciadores populares estavam fora do país e além do alcance” dos ministros. O artigo cita que em julho daquele ano, foi aberto o chamado “inquérito das milícias digitais”, que, segundo o WSJ, mirou empresas de tecnologia dos EUA e suas plataformas, “forçando-as a censurar conteúdos e desmonetizar brasileiros que defendiam opiniões consideradas inaceitáveis” pelo STF, sob pena de não poder mais operar no país.

O artigo publicano no WSJ conclui afirmando que, “independentemente do que se pense sobre Jair Bolsonaro, é evidente que a política tomou conta do Supremo”. O artigo citou que senadores de direita se movimentam neste momento para tentar abrir um processo de impeachment contra Moraes para “restaurar a imparcialidade judicial”. De acordo com o texto, até membros da elite brasileira já estão reclamando do que classificou como “ministros embriagados de poder”. O artigo destaca que as tarifas de 50% aplicadas pelo presidente Donald Trump às importações brasileiras fortaleceram o nacionalismo e o apoio a Lula, mas que a recente decisão do Departamento do Tesouro dos EUA de sancionar Moraes sob a Lei Magnitsky “parece ter chamado a atenção dos demais ministros da Corte, que certamente entendem que novas medidas podem vir se o Brasil não restaurar o Estado de Direito”.

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