As ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam um momento delicado do ponto de vista técnico, refletindo a pressão vendedora que se intensificou desde o topo histórico registrado em maio deste ano.
O papel acumula fortes perdas nos últimos meses, tanto no curto quanto no médio prazo, com uma estrutura gráfica que ainda não apresenta sinais consistentes de reversão. O ativo caminha para o terceiro mês consecutivo de queda, enquanto no gráfico diário segue renovando mínimas em 2025. A proximidade de suportes estratégicos, como a média de 200 períodos, eleva a tensão técnica e pode definir os próximos movimentos: ou uma possível reação compradora, ou o aprofundamento do cenário de baixa.
Para entender até onde o preço das ações do Banco do Brasil (BBAS3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
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Análise técnica Banco do Brasil (BBAS3)
No gráfico diário, o papel segue em tendência de baixa e recentemente renovou a mínima do ano ao atingir R$ 19,86, reforçando o enfraquecimento da força compradora. No último pregão, houve uma leve alta de 0,05%, com o papel encerrando cotado a R$ 19,95, mas ainda longe de qualquer sinal de reversão mais consistente.
Atualmente, BBAS3 negocia abaixo das médias móveis de curto prazo, o que indica que o controle permanece com os vendedores. Para que o ativo ensaie uma recuperação no curto prazo, será necessário superar progressivamente as resistências nas regiões de R$ 20,22, R$ 21,02 e R$ 22,54. Caso esse movimento ganhe força, o próximo alvo passa a ser a média de 200 períodos, que se encontra nos R$ 24,88.
Se conseguir superar esse patamar, o papel poderá mirar alvos mais altos em R$ 25,60, R$ 26,95, com extensões para R$ 28,58 e, posteriormente, o topo histórico em R$ 29,57.
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Por outro lado, caso a fraqueza persista e o papel perca a região de suporte entre R$ 19,86 e R$ 18,72, haverá espaço para quedas adicionais em direção às faixas de suporte em R$ 17,35, R$ 16,00, e mais abaixo em R$ 15,33 e R$ 14,47.

Análise de médio prazo
No gráfico semanal, o cenário permanece desafiador. Após atingir seu topo histórico em R$ 29,57 no mês de maio, BBAS3 iniciou um movimento descendente que já acumula uma retração significativa. Em julho, o papel recua 9,69%, caminhando para o terceiro mês consecutivo de queda. No acumulado de 2025, a desvalorização já atinge 14,42%.
Atualmente, o ativo opera abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés de baixa. BBAS3 também se aproxima da média de 200 períodos, localizada em R$ 19,77 — ponto técnico crucial. Um rompimento dessa região tende a acelerar o movimento vendedor, com alvos projetados em R$ 17,77. Se essa faixa for rompida, os suportes seguintes ficam em R$ 15,33, R$ 13,20, com alvos mais extremos em R$ 12,30 e R$ 10,38.
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A reversão dessa tendência negativa exigirá força compradora consistente. Para isso, o papel precisará, inicialmente, retomar níveis acima das médias móveis de curto prazo. O primeiro obstáculo está na região de R$ 21,00 a R$ 22,54. Caso consiga firmar-se acima desses patamares, a próxima meta será a região de R$ 24,45, seguida por R$ 27,08 e R$ 28,58, até eventualmente retestar o topo histórico em R$ 29,57.

Suportes e resistências do Ibovespa
Suportes:
- R$ 19,86 – Última mínima registrada em 2025; perda deste nível pode intensificar o movimento de baixa.
- R$ 19,77 – Média móvel de 200 períodos no gráfico semanal; região crucial. Rompimento pode abrir espaço para quedas mais amplas.
- R$ 18,72 – Suporte intermediário; reforça a zona crítica abaixo dos R$ 19.
- R$ 17,77 – Alvo técnico imediato após a perda da média de 200 períodos.
- R$ 17,35 – R$ 16,00 – Faixa de suporte relevante no gráfico diário; pode segurar o movimento caso haja tentativa de repique.
- R$ 15,33 – Suporte mais longo; fundo anterior importante.
- R$ 14,47 – R$ 13,20 – Região de suporte estendida; zona que pode servir como base de médio prazo.
- R$ 12,30 – Suporte distante; alvo possível caso a tendência de baixa se intensifique fortemente.
- R$ 10,38 – Suporte extremo; nível que marcaria uma desvalorização acentuada e possível alvo final em um cenário negativo prolongado.
Resistências:
- R$ 20,22 – R$ 21,02 – Primeira zona de resistência no curto prazo; rompimento pode iniciar tentativa de recuperação.
- R$ 22,54 – Resistência intermediária importante; topo recente e faixa de pressão vendedora.
- R$ 24,45 – R$ 24,88 – Região da média móvel de 200 períodos no gráfico diário; zona crítica para mudança de estrutura.
- R$ 25,60 – R$ 26,95 – Resistência de médio prazo; região de alvos técnicos em caso de continuidade do repique.
- R$ 27,08 – R$ 28,58 – Zona de congestão anterior; forte barreira antes do topo histórico.
- R$ 29,57 – Topo histórico registrado em maio/2025; resistência máxima e principal objetivo de longo prazo caso o papel retome tendência de alta..
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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