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Balanços do 2T nos EUA serão decisivos para ver impacto de Trump na economia





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O primeiro trimestre do ano já tinha começado quando Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. Além disso, ele precisou de tempo para implementar sua política econômica anunciada durante a campanha.

E ela veio de forma mais expressiva no dia 2 de abril de 2025, no chamado “Liberation Day” ou “Dia da Libertação”, como o próprio Trump nomeou. Na data, foram anunciadas uma série de tarifas de importação para os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Depois disso, iniciou-se uma intensa negociação dos EUA com diferentes países, dentre eles a China, a segunda maior economia do mundo, depois da americana.

Tudo isso ocorreu no segundo trimestre de 2025 (2T25). Para Raphael Figueredo, o Rafi, estrategista da XP, que comandou o programa Morning Call da XP nesta terça (15), o início da apresentação dos resultados das companhias listadas na bolsa americana no 2T25 será um bom termômetro para entender os impactos das medidas do governo americano na economia.

“Ótimo drive”

E os balanços começam a ser divulgados nesta terça. “Os resultados que vão começar vai ser um ótimo drive para entender a inflação. Será que as companhias como um todo já começaram a repassar os preços ou elas absorveram esse custo no entendimento de que que todas essas questões de tarifas serão temporárias”, questionou o analista.

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Outro ponto que Rafi abordou é se as empresas americanas, dessa vez, vão anunciar suas projeções para o ano, algo que não ocorreu no primeiro trimestre na magnitude que se esperava.

“Será que as companhias vão conseguir entregar um guidance em definitivo para o restante do ano”, voltou a questionar. “Grande parte das companhias resolveram postergar seu guidance com a tamanha a incerteza que foi (o primeiro trimestre)”, complementou.

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O estrategista lembra que no segundo trimestre é que se “pegou para valer” as medidas anunciadas pelo governo. “A gente tem visto que as empresas ligadas ao movimento cíclico, local e domésticos têm sofrido mais”, disse.

Segundo ele, o mercado tem dado muito mais preferência para as companhias de tecnologia. “Sem dúvida elas têm sido revolucionárias”, afirmou.

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