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balanço e proventos animam e ação sobe – mas há ponto de atenção
Economia

balanço e proventos animam e ação sobe – mas há ponto de atenção 

A BB Seguridade (BBSE3) divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2025 (2T25) com lucro líquido de R$ 2,2 bilhões, alta de 12% em relação ao trimestre anterior (ou de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior), acima do esperado pelo mercado, assim como aprovou dividendos, mas com guidance (projeção) que desanimou. Ainda assim, às 10h45 (horário de Brasília), os ativos BBSE3 subiam 1,52%, a R$ 34,06.

O lucrou ficou 2,5% acima da estimativa do Bradesco BBI e 1,3% acima do consenso. O desempenho levemente acima do esperado foi impulsionado por resultados financeiros mais fortes da holding (28% acima da estimativa), enquanto a equivalência patrimonial e as receitas de corretagem ficaram amplamente em linha com as expectativas.

O BBI destacou que o lucro líquido da Brasilseg ficou 5% acima da sua estimativa, devido principalmente a um índice de sinistralidade menor de 21,5% (de 24,5% estimados), enquanto a Brasilprev ficou 10% abaixo da nossa estimativa, impactada por resultados financeiros mais fracos (13% abaixo do nosso número) e resgates líquidos de R$ 3,7 bilhões (de aproximadamente R$1,5 bilhão no 1T25 e da nossa estimativa).

A Genial Investimentos ressalta que esse braço da BB Seguridade continua se beneficiando do cenário de juros elevados, o que favorece sua receita financeira — dada a estrutura majoritariamente pós-fixada de sua carteira. A unidade também foi positivamente impactada por um efeito não recorrente de R$ 129 milhões, decorrente da reversão de provisões judiciais após mudança legislativa. Além disso, a sinistralidade recuou -4,8 pontos percentuais (pp) na base trimestral (t/t) e -8,8 pp a/a, reforçando o avanço do lucro.

No geral, a casa ressalta que o desempenho foi impulsionado pelo forte resultado financeiro e pela melhora da sinistralidade na vertical de seguros. Todas as quatro verticais da companhia apresentaram crescimento sequencial de lucro, algo que não ocorria desde o 3T23.

A BB Corretora também teve um trimestre sólido, com lucro líquido de R$ 884 milhões (+4,1% t/t e +11,2% a/a), 6,9% acima das nossas expectativas, impulsionado pela expansão das receitas de corretagem e pela força do resultado financeiro.

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“Apesar do resultado construtivo, desafios estruturais persistem. A companhia enfrenta dificuldades em expandir prêmios de seguros e continua registrando captação líquida negativa na previdência, refletindo um ambiente mais desafiador para o segundo semestre”, avalia.

Os prêmios emitidos recuaram -0,5% anualmente (a/a), pressionados principalmente pela queda de -22,9% a/a no seguro agrícola. Já as reservas avançaram apenas +9,8% a/a, abaixo do guidance, impactadas pelo decreto que impôs IOF sobre contribuições VGBL acima de R$ 50 mil mensais em maio — parcialmente revertido pela MP 1.303, que elevou o teto de isenção para R$ 300 mil anuais em 2025 e R$ 600 mil em 2026. Ainda assim, o efeito regulatório contribuiu para uma captação líquida negativa de -R$ 3,7 bilhões no 2T25.

Guidance para baixo

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Apesar do resultado do 2T25 ter vindo acima do consenso — impulsionado principalmente pelo resultado financeiro e pela melhora na sinistralidade —, a BB Seguridade revisou negativamente seu guidance para 2025, refletindo tendências operacionais mais fracas no primeiro semestre.

Os prêmios emitidos apresentaram retração de -3,4% a/a no 1S25, enquanto o crescimento das reservas de previdência foi de apenas +9,8% a/a, abaixo do intervalo projetado anteriormente (12% a 16%), em função de resgates líquidos no período. “Tais fatores motivaram a revisão das estimativas para o ano”, aponta a Genial.

A expectativa de crescimento de prêmios emitidos passou de 2% a 7% para -4% a 1%, o resultado operacional foi ajustado de 3% a 8% para 1% a 4%, e o crescimento das reservas de previdência caiu de 12% a 16% para 9% a 12%.

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Com esses ajustes, o lucro líquido implícito para 2025 foi revisado de R$ 9,04 bilhões (+10,9% a/a) para R$ 8,85 bilhões (+8,5% a/a) — patamar em linha com a projeção atual da Genial de R$ 8,9 bilhões (+9,2% a/a).

“Apesar da revisão negativa do guidance operacional — sinalizando um arrefecimento na contribuição dos prêmios e crescimento mais moderado das reservas —, o resultado financeiro continua a surpreender positivamente. O lucro acumulado no 1S25 cresce 14% a/a, sustentado por um cenário de juros elevados, que favorece as carteiras majoritariamente pós-fixadas das verticais de seguros, capitalização e corretora”, avalia a Genial.

O Bradesco BBI, por sua vez, aponta que a BB Seguridade apresentou um desempenho fraco, impulsionado principalmente por resultados financeiros, enquanto as tendências operacionais continuam desafiadoras.

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Saiba mais:

“Notavelmente, os investidores já pareciam esperar uma revisão no crescimento dos prêmios emitidos, considerando os dados da Susep e o desempenho do 1T25, mas a revisão dos resultados operacionais não decorrentes de juros e das reservas de previdência trouxe uma surpresa negativa. Importante destacar que já estávamos na extremidade inferior da projeção anterior para o resultado operacional não decorrente de juros, mas o ponto médio da nova projeção é ainda menor que nossa estimativa, em 2,5% (de 4,0% do nosso número)”, avalia o banco.

Como tal, mantém sua visão cautelosa de que o crescimento da BB Seguridade depende fortemente das tendências operacionais do Banco do Brasil, e que os prêmios emitidos podem continuar pressionados devido ao cenário desafiador de crescimento do banco, tendo recomendação neutra e preço-alvo de R$ 39.

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Já a Genial Investimentos segue com recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 47,00, implicando um upside de 40,1% frente ao último fechamento. “Em um ambiente de maior incerteza macroeconômica, a combinação entre defensividade, dividendos robustos e valuation atrativo torna a BB Seguridade uma opção sólida dentro do setor de seguros. Ainda assim, mantemos Porto (PSSA3) como nossa preferência no setor de Seguros, por apresentar uma agenda mais clara de crescimento”, avalia.

O Itaú BBA, por sua vez, tem recomendação equivalente à neutra (marketperform, ou desempenho em linha com o mercado) para BBSE3, com preço-alvo de R$ 38.

“A receita líquida fraca foi compensada por um menor índice de sinistros retidos e melhores resultados financeiros. Esse bom desempenho deve ser ofuscado por uma perspectiva mais baixa. O volume de vendas tem sido lento há algum tempo, com os prêmios rurais consolidados caindo 3% em relação ao ano anterior no 2T25. O produto de seguro prestamista foi impactado pelas altas taxas de juros. Além disso, as incertezas quanto à regulamentação do IOF sobre o VGBL afetaram a arrecadação de fundos de pensão”, aponta.

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