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Azzas e Magalu caem forte, Alpargatas e Petz sobem: a reação das varejistas ao 2º tri
Economia

Azzas e Magalu caem forte, Alpargatas e Petz sobem: a reação das varejistas ao 2º tri 

As ações das empresas de varejo e consumo registram fortes movimentos na esteira das divulgações de resultados.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (8), Lojas Renner (LREN3, R$ 17, -5,76%) caía após o balanço, com aumento das despesas, ainda que a visão seja positiva. Na mesma linha, está a Azzas 2154 (AZZA3, R$ 35,06, -7,93%), que também cai, mesmo com visão de números mistos.

Assaí (ASAI3, R$ 9,75, -3,08%) e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 7,08, -4,58%) também registram baixas, mas com visão de resultados ainda pressionados.

Por outro lado, Vivara (VIVA3, R$ 28,28, +2,54%), Petz (PETZ3, R$ 4,39, +3,78%) e Alpargatas (ALPA4, R$ 9,80, +8,60%) registram ganhos após o balanço, com destaque para ALPA4.

Confira as análises dos balanços das companhias de varejo:

Lojas Renner

A Renner aumentou seu lucro líquido em 28,4% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$404,5 milhões, segundo relatório de resultados divulgado na quinta-feira.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia teve uma expansão de 32,9% na mesma base no segundo trimestre, para R$891 milhões, apoiado na alta de 18,5% da receita líquida de varejo, a R$3,65 bilhões.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$412 milhões e Ebitda de R$809 milhões para a empresa no período, segundo estimativas compiladas pela LSEG.

A visão do mercado é de resultados no geral considerados sólidos. Na visão da XP Investimentos, os números ficaram em linha com o consenso, com forte desempenho em Vendas Mesmas Lojas (SSS) de vestuário e margem bruta, embora com despesas administrativas (SG&A) mais elevadas, que também abalam a percepção do mercado.

“Embora não tenha sido um resultado acima do esperado, os números trazem métricas importantes que sustentam nossa visão construtiva para o futuro, a saber: (i) Forte desempenho em SSS, superando os pares, parcialmente explicado por uma base de comparação mais fácil, mas também contando com uma maior produtividade base; e (ii) Margem bruta acima do esperado, que foi um KPI (indicador) chave monitorado para avaliar o sucesso dos investimentos estratégicos da empresa, com a gestão destacando que ainda há muito potencial a ser capturado”, aponta a XP, que mantém recomendação de compra.

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Já em conferência com analistas, o presidente-executivo, Fabio Faccio, e o diretor financeiro, Daniel Martins, disseram que o desempenho está sendo afetado por gastos elevados.

“Nossos patamares de despesas ainda não estão onde gostaríamos, mas temos certeza que os investimentos realizados nos permitirão um crescimento de vendas superior ao das despesas”, disse Martins.

O crescimento das vendas foi apoiado pelo incremento de preços, representando 60%, enquanto 40% foi devido ao volume.

Para o segundo semestre, os executivos esperam ajustes de preço próximos à inflação, e Faccio acrescentou que ainda vê espaço para continuar repassando custos aos preços. “Quando a gente olha no cenário competitivo, acho que o nosso (preço) é o que está crescendo menos”, disse ele.

O Bradesco BBI aponta que a Lojas Renner se juntou à festa do vestuário voltado para o público de média renda no 2T25, com todas elas apresentando SSS de cerca de 16 a 18% e melhora de margem bruta de 0,80 p.p. ou mais em relação ao ano anterior, tendo gerado esse desempenho com base nas comparação fracas do 2T24, clima favorável e uma maior participação nas vendas a preço integral.

“No entanto, não acreditamos que os números do 2T25 da Lojas Renner justifiquem uma revisão positiva das projeções, visto que o lucro bruto do setor de vestuário foi compensado principalmente por despesas um pouco piores do que o esperado e pelo desempenho da Realize”, aponta.

Assaí

O resultado do Assaí foi visto como morno e dentro do esperado pelo Genial Investimentos. A companhia entregou um conjunto de resultados que reforça a tese de amadurecimento da rede e disciplina operacional, avaliam os analistas.

Para eles, embora o 2T25 ainda tenha refletido o peso do endividamento elevado, a companhia mostrou avanço em margens e geração de caixa, ao mesmo tempo em que manteve o foco na desalavancagem. O Ebitda ajustado pós-IFRS16 totalizou R$ 1,44 bilhão, com margem de 7,6% (+40 pontos-base anualmente), ligeiramente abaixo da projeção inicial, mas sustentado por melhora operacional consistente.

O crescimento da receita bruta, de 7,2% a/a, veio em linha com o esperado, puxado pela maturação das conversões e pela contribuição das 10 lojas abertas nos últimos 12 meses.

Para a XP, os resultados do 2º trimestre aproximadamente em linha, com uma dinâmica de receita um pouco mais fraca compensada por despesas de venda mais controladas.

No geral, a XP acredita que a desaceleração da receita pode ser atribuída às tendências mais fracas observadas em maio e junho, conforme mencionado pela gestão do GPA (PCAR3), com a empresa compensando uma Vendas Mesma Lojas (SSS) mais fraca por meio do controle das despesas de venda.

Nesse sentido, vê a execução do ASAI3 como fundamental para sustentar resultados sólidos apesar da dinâmica desafiadora da receita em um cenário macroeconômico difícil, embora a empresa tenha um limite já que a demanda é altamente dependente do macro.

Azzas 2154

A Azzas 2154 superou o consenso no 2T25, entregando Ebitda de R$ 535 milhões (+9% anualmente, 18,5% de margem — recorde histórico) e lucro líquido de R$ 283,7 milhões, muito acima dos R$ 162 milhões esperados, impulsionado por reversões de provisões tributárias (cerca de R$ 370 milhões), ressalta a Genial Investimentos.

A receita líquida cresceu 11% ano a ano, para R$ 2,9 bilhões, com despesas fixas subindo apenas 1% devido a sinergias da fusão Arezzo–Soma. Na receita, destaque para o vestuário feminino (+20,1%, puxado pela Farm) e masculino (+11,5%), enquanto a Hering (Basic) cresceu 7,3% e a vertical de calçados e bolsas, que representa cerca de 30% do resultado, avançou apenas 0,7%.

A companhia ainda anunciou mudanças no management: o CFO Rafael Sachete assumirá a unidade de calçados e bolsas, e Eric Alencar, ex-CFO da Cyrela, Oncoclínicas e Carrefour Brasil, será o novo CFO a partir de setembro.

Já a XP apontou que a Azzas 2154 reportou resultados mistos no 2º trimestre, com receita pressionada, tendências divergentes entre as unidades de negócio (BUs) e mudanças na gestão, mas o Ebitda se supera devido ao controle rigoroso das despesas administrativas.

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“Acreditamos que ainda é difícil ter uma leitura clara das tendências na empresa, pois a integração e vários projetos estratégicos ainda estão em andamento nas unidades de negócio [BUs]. No entanto, vemos a divisão de Moda Feminina como um destaque claro, com tendências sólidas de crescimento apoiadas principalmente, mas não exclusivamente, pela Farm”, avalia.

Quanto às outras BUs, a equipe de análise da XP destaca ter ficado um pouco preocupada com o desempenho dos franqueados da Hering, especialmente porque os investidores estavam começando a ganhar mais confiança na recuperação da marca.

“Ainda assim, vemos o desempenho das lojas próprias como um indicativo positivo da saúde e das perspectivas das marcas. Em relação às margens, valorizamos o controle rigoroso de SG&A da empresa, que acreditamos ser uma alavanca chave para o futuro, já que as despesas do 2S24 foram ampliadas pelos esforços de integração”, aponta.

Vivara

A Vivara encerrou o 2T25 com lucro líquido de R$ 151,1 milhões, queda de 28,4% ano a ano, influenciada por efeitos contábeis pontuais — como o impacto residual da contabilização dos Gastos Gerais de Fabricação (GGF), a alíquota para cálculo do IR Diferido e o reconhecimento de créditos extemporâneos de PIS/Cofins.

O Ebitda ajustado avançou 24,7% na base anual, para R$ 204,6 milhões, superando a média das projeções do mercado (R$ 200,5 milhões). A receita líquida cresceu 16%, para R$ 761 milhões, apoiada por alta de 11% nas vendas mesmas lojas. No período, foram inauguradas 8 lojas Life, elevando o total para 469 pontos de venda, entre Vivara, Life e quiosques.

O Itaú BBA avalia que houve boas notícias onde mais importa, com mensagem inspiradora sobre o ROIC (retorno sobre o capital investido) marginal.

Há três variáveis que o BBA considera mais críticas para acompanhar o caso de investimento e ganhar confiança no ROIC marginal: (i) crescimento da receita, (ii) margem bruta e (iii) gestão do capital de giro – especialmente estoque.

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O segundo trimestre trouxe desenvolvimentos positivos em todas as três frentes, com a margem bruta se destacando claramente. A receita cresceu 16% ano a ano, 1 ponto percentual acima de suas estimativas, impulsionada por uma sólida recuperação no segmento Life (SSS de até 9,1% anualmente) e pela resiliência contínua da bandeira Vivara.

Mas o principal destaque foi a margem bruta: após uma contração no primeiro trimestre, a expansão de 190 pontos-base anualmente no segundo trimestre superou até mesmo as expectativas mais otimistas, aliviando as preocupações com a pressão do custo dos produtos vendidos rumo ao segundo semestre.

“Tão importante quanto o resultado foi a qualidade dos números – sólida expansão da margem bruta, apesar da forte queda sequencial nas receitas de subsídios do ICMS (impacto de -40 pontos-base em relação ao ano anterior como % das vendas). Os estoques também estavam sob controle – diminuindo nominalmente em relação ao trimestre anterior, contrariando a sazonalidade histórica”, aponta.

O BBA acredita que, se mantida, essa combinação tem potencial para impulsionar revisões para cima tanto no lucro quanto no ROIC ao longo do segundo semestre.

A XP destaca que a Vivara reportou resultados sólidos no 2º trimestre, com forte dinâmica de receita (conforme esperado) e superação da margem bruta, embora parcialmente compensada por maiores despesas administrativas (SG&A).

Conforme mostrado em última pesquisa de posicionamento da XP, a margem bruta foi a métrica mais importante monitorada para a Vivara e, por isso, acredita que os investidores irão focar na forte superação da margem bruta, especialmente por parecer estrutural e, de fato, apresentar riscos de alta para o futuro. “Além disso, recebemos positivamente a presença da Sra. Marina Kaufmann na teleconferência, que, junto com Paulo Kruglensky, deve melhorar a percepção de governança da empresa e reduzir preocupações relacionadas à execução”, apontam os analistas.

Magazine Luiza

O Magazine Luiza reportou resultados melhores no 2º trimestre, aponta a XP Investimentos, com o cenário macroeconômico ainda sendo um obstáculo para a demanda, mas superação do Ebitda devido à liquidação de meio de ano e maior alavancagem operacional.

A receita, por sua vez, foi pressionada por cenário macro difícil e bases de comparação. O GMV (volume bruto de mercadorias) total permaneceu estável em R$ 15,3 bilhões, com as Vendas Mesmas Lojas (SSS) do físico em +3,5% ano a ano (contra 7,1% no 1T), com as enchentes no RS impactando a base de comparação (SSS excluindo esse efeito em +5,1%), enquanto o online teve queda em linha com o 1T, em -2% ano a ano, embora com tendências diferentes entre os canais, já que o 1P atingiu ligeiramente terreno positivo (+1%) enquanto o 3P desacelerou (para -6%).

“Acreditamos que isso pode ser consequência da decisão da empresa de ajustar estoques no trimestre ao custo da margem bruta, beneficiando os canais 1P, enquanto o 3P pode ter sofrido algum efeito colateral da maior competição nos marketplaces. Como resultado, as vendas líquidas consolidadas cresceram cerca de 1% ano a ano (em linha com a estimativa da XP), com mercadorias (+2%) superando serviços (estáveis ano a ano)”, avalia a XP.

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A Genial Investimentos ressaltou que a entrega foi basicamente em linha com o que previa no cenário base, sem grandes surpresas positivas, mas também sem frustrações relevantes.

A dinâmica reforça a tese de que o “motor” físico está rodando melhor que o online, enquanto serviços e eficiência operacional dão sustentação às margens. O 3P ainda é o ponto frágil e deve ser um ponto de atenção nos próximos trimestres, avalia. O foco no 2º semestre continua sendo estabilizar margens e retomar lucro de forma consistente, com o 4T25 como melhor janela para ver diluição de despesas e efeito sazonal mais forte.

Petz

A Petz reportou resultados melhores no 2º trimestre, aponta a XP Investimentos, com desempenho da receita e margem bruta em linha com as suas expectativas, mas superação do Ebitda devido ao melhor controle de despesas.

“Recebemos positivamente as iniciativas de eficiência de custos e o foco da empresa na rentabilidade, enquanto a retomada da inflação no setor pet pode apoiar ainda mais a expansão da margem. No entanto, o cenário competitivo ainda desafiador e o desfecho incerto da fusão com a Cobasi nos levam a manter nossa recomendação neutra”, avalia a XP.

Segundo o Santander, a Petz apresentou um sólido 2T25, marcado pela aceleração das vendas em relação ao trimestre anterior, combinada com uma melhora significativa na lucratividade (margem Ebitda em alta de 170 pontos-base em relação ao ano anterior).

Embora a receita líquida tenha ficado em linha com o consenso, a aceleração das vendas foi sustentada por um crescimento mais equilibrado entre os canais de vendas e o mix de produtos, o que levou à expansão da margem bruta em relação ao ano anterior.

Além disso, os esforços da empresa para manter um controle rigoroso das despesas gerais e administrativas (SG&A) apresentaram resultados tangíveis, com a queda de 150 bps em relação às vendas em relação ao ano anterior, impulsionando a expansão da margem. Por fim, a Petz registrou fluxo de caixa livre positivo (R$ 27,3 milhões em relação a -R$ 4,0 milhões no 2T24), beneficiando-se do maior Ebitda e das melhorias no capital de giro.

Alpargatas

A Alpargatas, dona da Havaianas, registrou lucro líquido de R$ 87,9 milhões no 2T25, alta de 272% ano a ano, impulsionada pelo aumento da receita por par vendido e pelo controle de custos, que levaram o lucro bruto a crescer 23,8% no período. A receita líquida avançou 8,34% anualmente, para R$1,1 bilhão, com destaque para as operações no Brasil, onde a marca Havaianas cresceu 5,8% na comparação anual.

A XP ressalta que a companhia reportou resultados fortes no 2º trimestre, com Ebitda 26% acima do esperado devido a uma melhor dinâmica da margem bruta, apesar dos volumes mais fracos no Brasil, decorrentes de uma antecipação estratégica do sell-in no 1º trimestre.

Embora já esperasse uma dinâmica positiva nas margens, a Alpargatas surpreendeu os analistas tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionando a forte superação do Ebitda no resultado.

“Em nossa visão, as indicações são positivas em todos os aspectos, com o Brasil ganhando participação e entregando expansão de margem mesmo diante da desalavancagem operacional na planta, recuperação dos volumes na Europa e nos EUA, e os benefícios do mix de produto/preço aliados ao controle de despesas sustentando a expansão da margem Ebitda”, avaliam os analistas.

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