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As “7 Magníficas” ainda são tudo isso? Veja o que esperar dos balanços do 3T dos EUA
Economia

As “7 Magníficas” ainda são tudo isso? Veja o que esperar dos balanços do 3T dos EUA 

No quarto trimestre de 2024 e nos dois trimestres seguintes, a contribuição das “Sete Magníficas” (Magnificent Seven, em inglês, as sete maiores companhias do S&P 500) para o crescimento dos lucros do índice foi menor que a das outras 493 outras empresas, pela primeira vez em dois anos. Agora, na temporada do terceiro trimestre de 2025, a tendência parece se manter. Afinal, as “Mag Seven” – grupo formado por Nvidia, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon.com, Meta e Tesla – ainda são tudo isso?

Em análise sobre o que esperar da temporada de resultados neste trimestre nos Estados Unidos, a XP destaca que a desaceleração das companhias é clara. O estrategista de ações do Research da XP, Raphael Figueredo, e a analista internacional, Maria Irene Jordão, destacam que, com um potencial enfraquecimento dos demais setores da economia americana em razão das tarifas impostas por Donald Trump, presidente dos EUA, o mercado previa resultados mais fortes para as Big Techs.

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No entanto, com resiliência macroeconômica inesperada, os dados das demais companhias seguem superando as “Magníficas” e devem vir melhores nesta temporada, reforçando a tendência de desaceleração das Big Techs.

“Embora ainda seja impressionante o fato de ser estimado que apenas 7 empresas representem cerca de 42% do crescimento total do índice, não seria sustentável esperar que a Nvidia, por exemplo, seguisse com crescimento interanual de 3 dígitos por muito tempo”, afirma no relatório.

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No geral, as expectativas são de ambiente favorável para o desempenho operacional pelo cenário macroeconômico e pelos sinais dados pelo mercado, para o Research da XP.

“A resiliência do consumo americano, a estabilização das estimativas de crescimento, a redução das distorções causadas pelas tarifas e a proporção de guidances positivos para o trimestre reforçam essa percepção. No entanto, esse ambiente não necessariamente se traduzirá em surpresas positivas”, afirmam os analistas.

Um aspecto que é visto como “vento favorável que pode perder força” é o impacto positivo da desvalorização do dólar sobre as receitas de companhias do S&P 500, pautado na estabilidade do Índice Dólar (DXY) no período. Mesmo sem um crescimento sustentável pautado no efeito cambial no último trimestre, o dólar mais desvalorizado poderia funcionar como um impulsionador adicional para a receita e para as margens.

O Bank of America cita que o consenso prevê uma desaceleração do crescimento anual do lucro por ação de 11% para 8% no 3º trimestre.

Normalmente, os analistas teriam reduzido as estimativas em 3-4% desde 30 de junho, mas as estimativas para o 3º trimestre se mantiveram estáveis — o primeiro “sem corte” desde o 3º trimestre de 2023. Os pessimistas temem que a barra esteja alta demais, mas a ausência de revisões para baixo tem sido um sinal positivo: desde 2001, o EPS médio do S&P 500 que superou as expectativas após estimativas estáveis ou em alta foi maior (5%) do que quando houve cortes”, afirma a análise do BofA.

A análise por setores do S&P 500 demonstra que crescimento é esperado em 10 dos 11. Entre os destaques positivos, o relatório cita os setores de tecnologia e de utilidades públicas. A temática da inteligência artificial é citada como uma das principais para tecnologia e deve seguir proeminente; para utilidades públicas, segue como um dos principais vetores de crescimento.

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Para o BofA, o setor de tecnologia deve impulsionar o crescimento no 3º trimestre em 20% na comparação anual, contra 3% do restante do índice. Entre os nomes que compõem o setor, a Nvidia deve contribuir com cerca de 25%.

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“A ampliação do crescimento daqui pra frente pode decepcionar, pois o impacto total das tarifas ainda está por vir – as vendas do terceiro trimestre consumiram o estoque pré-tarifas. Grandes cortes nas estimativa são inevitáveis se a ameaça de tarifa adicional de 100% sobre a China se concretizar”, afirma o banco estrangeiro.

Já entre os destaques negativos estão setor de energia e setor de bens de consumo. Energia deve seguir como detrator no crescimento dos lucros, em especial pelos preços mais baixos do petróleo. Bens de consumo, por sua vez, após ter sido afetado pela escalada das tarifas, tem queda projetada no lucro por ação neste trimestre.

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