A Eletrobras (ELET3; ELET6) voltou ao foco dos investidores após apresentar resultados sólidos no segundo trimestre de 2025 e anunciar um “presente” ao mercado: dividendos de R$ 4 bilhões, equivalentes a um dividend yield de 4,5%, acima das projeções. Além disso, a empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima do consenso do mercado.
Após o rali motivado pelo balanço, quando os papéis dispararam 9%, e o aumento das projeções de dividendos, os gráficos da Eletrobras apontam para um momento de força compradora no curto e no médio prazo, mas já com sinais técnicos que pedem atenção.
A ação rompeu resistências importantes, afastou-se das médias móveis e elevou indicadores como o IFR para níveis de sobrecompra, sugerindo possibilidade de ajustes pontuais antes de novas pernadas de alta.
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Para entender até onde o preço das ações da Eletrobras (ELET3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Eletrobras (ELET3)
No gráfico diário, o cenário é de continuidade da pressão compradora. A ação acumula quatro pregões seguidos de alta, encerrando a última sessão cotada a R$ 45,13 (+1,92%), após ter partido do suporte em R$ 37,42 e atingido, no intraday, a resistência de R$ 45,53. A trajetória recente afastou o preço das médias móveis de curto prazo e elevou o Índice de Força Relativa (IFR-14) para 80,21, um nível que caracteriza sobrecompra e aumenta a possibilidade de movimentos corretivos.
Apesar desse sinal de alerta, não há, até o momento, formação gráfica clara que indique reversão da tendência. Para manter o ímpeto comprador, ELET3 precisará superar de forma consistente a máxima recente em R$ 45,53, abrindo espaço para buscar os alvos técnicos em R$ 47,27 e R$ 48,40. Em um cenário de continuidade do fluxo, o próximo ponto de atenção é a máxima histórica em R$ 49,29, que, se rompida, pode levar o papel a patamares ainda mais elevados.
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Por outro lado, caso ocorra um movimento corretivo no curto prazo, a primeira referência de suporte está na mínima da última sessão, em R$ 44,25. Perdendo esse nível, a ação pode buscar as regiões de R$ 42,54 e R$ 41,17, onde encontra suportes intermediários. Uma correção mais acentuada poderia levá-la a R$ 39,35 e, posteriormente, à média móvel de 200 períodos no diário, situada em R$ 38,00.

Confira nossas análises:
Análise de médio prazo
No gráfico semanal, a tendência segue nitidamente positiva. O IFR (14) está em 66,32, ainda abaixo da faixa de sobrecompra, mas já demonstrando uma aceleração que merece monitoramento. A ação permanece bem posicionada acima de suportes-chave e, enquanto mantiver-se acima dos R$ 44,25, o cenário favorece a continuidade do movimento de alta.
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A superação do patamar de R$ 45,53 no semanal reforçaria o viés comprador, abrindo caminho para a busca de resistências estratégicas em R$ 48,40 e na máxima histórica de R$ 49,29. Caso este último nível seja rompido, projeções técnicas indicam alvos em R$ 50,25 e R$ 53,29, com potenciais prolongamentos para R$ 54,64 e R$ 56,00 no horizonte mais estendido.
Em um cenário de enfraquecimento do fluxo comprador, o primeiro ponto de atenção é a perda dos R$ 44,25, que poderia levar o preço a uma aproximação com a média móvel de 21 períodos na faixa de R$ 41,20. Movimentos mais fortes de correção teriam como alvo a média de 200 períodos, em R$ 37,08, e, em um cenário mais negativo, os suportes históricos em R$ 31,93, R$ 30,77 e R$ 28,00.

Suportes e resistências do Ibovespa
Suportes:
- R$ 44,25 – Mínima da última sessão; perda deste nível pode iniciar movimento corretivo no curto prazo.
- R$ 42,54 – Suporte intermediário; pode segurar recuos moderados.
- R$ 41,17 – Região próxima das médias móveis de curto prazo; ponto de possível reação.
- R$ 39,35 – Suporte técnico de maior peso no diário.
- R$ 38,00 – Média móvel de 200 períodos no gráfico diário; suporte relevante para reversões.
- R$ 37,08 – Média móvel de 200 períodos no gráfico semanal; zona de defesa importante no médio prazo.
- R$ 31,93 – Suporte histórico recente; base da última grande alta.
- R$ 30,77 – Suporte de longo prazo; perda abre espaço para quedas mais profundas.
- R$ 28,00 – Suporte extremo; alvo projetado caso haja forte reversão de tendência.
Resistências:
- R$ 45,53 – Máxima recente; precisa romper para manter a força compradora.
- R$ 47,27 – Resistência intermediária no curto prazo.
- R$ 48,40 – Resistência relevante antes da máxima histórica.
- R$ 49,29 – Máxima histórica; rompimento pode acelerar altas.
- R$ 50,25 – Resistência projetada para continuidade da tendência.
- R$ 53,29 – Resistência de médio prazo; alvo técnico em caso de rompimento de R$ 50,25.
- R$ 54,64 – Alvo técnico estendido; resistência importante para o longo prazo.
- R$ 56,00 – Resistência extrema; objetivo mais ambicioso caso a tendência de alta se prolongue.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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