Notícias em alta
Categorias
Fique conectado
Notícias em alta
Ao utilizar nosso site, você concorda com o uso de nossos cookies.

Notícias

Após aporte da Nvidia, Intel tem novo alvo: um investimento da Apple
Economia

Após aporte da Nvidia, Intel tem novo alvo: um investimento da Apple 

A Intel (BDR: ITLC34) procurou a Apple (AAPL34) em busca de um investimento, segundo pessoas a par do assunto, como parte do esforço para reforçar os negócios da fabricante de chips, que agora têm participação do governo dos Estados Unidos.

As duas empresas também discutiram formas de ampliar a cooperação, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as conversas são privadas. As negociações ainda estão em estágio inicial e podem não resultar em acordo.

As ações da Intel subiram 4% no pré-mercado nesta quinta-feira (25). Na quarta-feira, fecharam em alta de 6,4%, a US$ 31,22 em Nova York, após a Bloomberg News divulgar as tratativas. Os papéis da Apple caíram menos de 1%, para US$ 252,31.

FERRAMENTA GRATUITA

Simulador da XP

Saiba em 1 minuto quanto seu dinheiro pode render

O movimento segue o aporte de US$ 5 bilhões feito pela Nvidia Corp. na semana passada. A empresa planeja trabalhar com a Intel no desenvolvimento de chips para computadores pessoais e data centers. Em agosto, o SoftBank Group Corp. anunciou investimento de US$ 2 bilhões na Intel.

Segundo as fontes, a Intel também procurou outras companhias em busca de aportes e parcerias.

Um acordo com a Apple — cliente de longa data que trocou os chips da Intel por processadores próprios nos últimos cinco anos — daria nova validação à tentativa de recuperação da fabricante. Ainda assim, é improvável que a Apple volte a usar processadores da Intel em seus dispositivos. Os chips mais sofisticados da companhia são produzidos pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co.

Continua depois da publicidade

A Intel não comentou. A Apple não respondeu a pedido de comentário.

O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, tenta promover a recuperação da companhia com apoio do governo federal. Em um acordo incomum, intermediado pelo governo Trump em agosto, os EUA adquiriram cerca de 10% de participação na fabricante. A Intel é considerada peça central na estratégia de reforçar a produção doméstica de semicondutores, prioridade da Casa Branca.

Mesmo com apoio financeiro, os desafios seguem significativos. A empresa, sediada em Santa Clara (Califórnia), perdeu a liderança tecnológica e espaço para concorrentes como a Advanced Micro Devices Inc. Além disso, não conseguiu aproveitar o crescimento da demanda por equipamentos de inteligência artificial — área dominada pela Nvidia.

Continua depois da publicidade

Antes líder absoluta, a Intel hoje tem receita e valor de mercado muito inferiores aos da Nvidia. A empresa reduziu pessoal e adiou planos de expansão de fábricas para lidar com a pressão financeira.

Apesar disso, o otimismo dos investidores aumentou desde o aporte do governo. As ações acumulam alta de mais de 60% desde o início de agosto.

Sob a gestão anterior, de Pat Gelsinger, a Intel tentou se reposicionar como fundição de chips — produzindo semicondutores para clientes externos. Mas a companhia não conseguiu conquistar demanda suficiente para justificar a expansão industrial.

Continua depois da publicidade

Tan manteve a estratégia de fundição, mas de forma mais cautelosa. Em julho, disse que a Intel só lançaria a nova tecnologia de ponta — chamada 14A — se houvesse compromisso firme de clientes.

Apple e Intel têm uma relação longa, marcada por atritos. A Apple usou chips da Intel em seus Macs por anos, mas começou a substituí-los em 2020, dentro de uma estratégia de ampliar o uso de componentes próprios. Em 2019, a Apple comprou a maior parte da divisão de modems da Intel.

Atualmente, a Apple busca reforçar a imagem de que investe nos EUA, ainda que grande parte da produção permaneça no exterior. Em agosto, durante evento na Casa Branca, anunciou planos de aplicar US$ 600 bilhões em iniciativas domésticas ao longo de quatro anos, acima da meta anterior de US$ 500 bilhões. O destaque é um aporte de US$ 2,5 bilhões na Corning Inc., fornecedora de vidro de longa data da empresa.

Continua depois da publicidade

O CEO Tim Cook disse à CNBC que esses investimentos estimulam outras empresas a ampliar a produção nos EUA, criando um “efeito dominó”.

Ao ser questionado sobre a Intel, Cook afirmou que a concorrência seria positiva para o setor de fundição de chips. “Adoraríamos ver a Intel de volta”, disse.

©️2025 Bloomberg L.P.

Postagens relacionadas