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Após a tempestade, a bonança? JPMorgan projeta alta de até 40% para ação
Economia

Após a tempestade, a bonança? JPMorgan projeta alta de até 40% para ação 

Com queda acumulada de 34% neste ano até esta quarta-feira (1º), as ações da WEG (WEGE3) viveram meses de pressão após resultados mais fracos no segundo trimestre (2T25) divulgados em julho, a valorização do real e os efeitos da guerra tarifária provocados pelo governo norte-americano de Donald Trump. O pessimismo chegou a reduzir o múltiplo para 21 vezes P/L (preço sobre lucro), abaixo da média histórica.

Mas, ao que parece, após turbulência vem a calmaria. Ao menos é o que avalia o JPMorgan, que projeta que a WEG pode subir até 40%, com preço justo chegando a R$ 51,15 por ação. Até as 12h de hoje (horário de Brasília), os papéis da companhia eram negociados a R$ 35,70.

O banco diz que não existe no Brasil uma empresa que sirva de comparação direta para a companhia catarinense. Por isso, a avaliação não é feita pelo tradicional fluxo de caixa descontado (DCF), mas com base em múltiplos de mercado usados para grandes indústrias globais. Os analistas afirmam que o negócio tem características pouco comuns no país: mantém caixa líquido, possui mais de 90% da dívida fora do Brasil e gera cerca de 60% da sua receita em operações internacionais.

Para chegar a essa conclusão, o estudo do JPMorgan coloca a WEG lado a lado com seis concorrentes internacionais: ABB, Schneider, Siemens, Eaton, Hitachi e HD Hyundai Electric. Dependendo da metodologia usada, o valor justo varia entre R$ 43,88 (alta de 20%) e R$ 51,15 (alta de 40%). A recomendação segue em overweight (acima da média do setor), com a leitura de que a empresa tem bases firmes para sustentar seu crescimento no longo prazo, mesmo enfrentando obstáculos no curto prazo.

Vale a pena investir na WEG?

O otimismo do JPMorgan não é consensual, então investidores devem agir com cautela. Também nesta quarta, o Citi rebaixou a recomendação da WEGE3 de compra para neutro, cortando o preço-alvo de R$ 53 para R$ 40.

O banco explica que, no curto prazo, a receita sofre por causa de tarifas altas sobre alumínio e aço importados e da menor demanda no mercado internacional.

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O banco alerta que o múltiplo atual de 23 vezes P/L (Preço sobre Lucro) fica difícil de justificar diante de crescimento de dígito único no próximo ano. E pontua que o real valorizado também contribui para um segundo semestre deste ano com receita 1% menor na comparação anual, frente a queda de 17% no primeiro semestre.

O Morgan Stanley também lembrou em relatório recente o impacto da valorização do real, e projetou que a receita líquida da WEG cresça apenas 3% no segundo semestre de 2025, bem abaixo dos 17% do primeiro semestre. Para 2026, a expectativa é de crescimento de cerca de 2% ao ano, inferior à média histórica de 17% ao ano entre 2010 e 2024. Já o Citi diz que o crescimento da companhia deve voltar a dois dígitos apenas no terceiro trimestre de 2026.

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