O cenário geopolítico global está marcado por ameaças nucleares russas e a reação dos Estados Unidos. De um lado, a Rússia ergue novamente a bandeira nuclear como arma de intimidação, enquanto os Estados Unidos respondem com posicionamento militar estratégico. De outro, Donald Trump redesenha o mapa do comércio mundial com tarifas que castigam aliados e adversários. No meio desta tormenta, o Oriente Médio ferve com disputas que põem em xeque décadas de diplomacia internacional.
“Mão Morta”
A retórica nuclear voltou ao centro das preocupações mundiais. Dmitri Medvedev, ex-presidente russo e atual braço direito de Vladimir Putin, fez ameaças diretas mencionando o temido sistema “Mão Morta” – um mecanismo automático que, teoricamente, lançaria mísseis nucleares russos mesmo que Moscou fosse completamente destruída. É o equivalente a um “plano de vingança além-túmulo” da era atômica.
A resposta americana veio na forma de submarinos nucleares posicionados estrategicamente, uma demonstração de força que não passou despercebida no Kremlin. Curiosamente, o próprio governo russo depois desautorizou as declarações de Medvedev – um movimento que pode tanto indicar controle de danos quanto uma estratégia para Putin aparecer como a voz “moderada” em comparação com seus subordinados mais radicais.
Os números por trás desta tensão são assustadores: a Rússia possui o maior arsenal nuclear do planeta, com 5.449 ogivas. Enquanto isso, a guerra na Ucrânia se aproxima da marca de três anos e meio, sem sinais claros de resolução.
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Hiroshima e as lições não aprendidas
Em meio a estas ameaças, Hiroshima marcou o 80º aniversário do bombardeio atômico que mudou para sempre a história da humanidade. A cidade japonesa, que conhece como nenhuma outra o poder destrutivo do átomo, voltou a clamar pela eliminação completa das armas nucleares.
Paradoxalmente, o próprio Japão debate hoje mudanças em suas leis militares, pressionado pelo crescimento dos arsenais nucleares de vizinhos como China e Rússia. É um dilema que resume bem os tempos atuais: como manter a paz quando todos ao redor se armam?
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Irã executa acusado de espionagem
O Irã, por sua vez, executou um cidadão acusado de espionar para Israel, supostamente repassando informações cruciais sobre o programa nuclear iraniano. O episódio ilustra como a corrida atômica se espalha pelo mundo, alimentada por desconfianças regionais e ambições geopolíticas.
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Trump reorganiza o comércio mundial
As novas tarifas comerciais globais de Donald Trump entraram em vigor. A medida visa reestruturar o comércio mundial. Brasil e Índia receberam as cobranças mais altas, com 50%. A tarifa adicional da Índia é pela compra de petróleo russo. O Brasil foi o segundo maior comprador de diesel russo em 2024. A Índia classificou os impostos como “injustos” e “irracionais”.
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Tarifas específicas e pressão por produção nacional
Trump foi especialmente duro com um setor estratégico: os semicondutores. Chips e componentes eletrônicos receberam tarifas de 100% – uma medida que pretende forçar a fabricação destes itens essenciais em solo americano. É uma jogada de segurança nacional disfarçada de protecionismo comercial.
Gigantes como a Apple já anunciaram investimentos bilionários nos Estados Unidos para escapar dessas taxas. É o começo de uma possível reorganização global da cadeia produtiva tecnológica, com consequências que se estenderão por décadas.
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Oriente Médio: o fim da solução de dois Estados?
O presidente israelense, Isaac Herzog, fez uma declaração que pode enterrar décadas de diplomacia internacional: segundo ele, os ataques de 7 de outubro “invalidaram” definitivamente a possibilidade de uma solução pacífica baseada em dois Estados – Israel e Palestina convivendo lado a lado.
Para Herzog, reconhecer um Estado palestino agora seria como “premiar o terrorismo“. Do outro lado, líderes do Hamas afirmam exatamente o oposto: que os ataques trouxeram “conquistas históricas” para a causa palestina, forçando o mundo a voltar sua atenção para o conflito.
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A Europa escolhe lados (e nem sempre o certo)
O Reino Unido pretende reconhecer o Estado palestino em setembro, condicionado a ações de Israel. França e Canadá também planejam o reconhecimento. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu a ação, afirmando que “não beneficia o Hamas”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, criticou a medida, dizendo que “recompensa o terror” e sabota acordos.
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América Latina sob pressão
Na Venezuela, a repressão política atingiu novos patamares de crueldade. Mães de presos políticos foram atacadas por milícias paramilitares em plena luz do dia, em frente ao Tribunal Supremo de Justiça. A cena, filmada e divulgada pela ONG Provea, chocou até mesmo observadores acostumados à brutalidade do regime de Nicolás Maduro.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) confirmou oficialmente o que todos já sabiam: houve fraude massiva nas eleições venezuelanas. O país mantém 807 presos políticos em suas cadeias, num regime de terror que se perpetua há mais de uma década. Estados Unidos e outros países democráticos estudam novas sanções contra o regime bolivariano.
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Polônia, ataque nos EUA, e o restaurante de Musk
- Na Polônia, Karol Nawrocki assumiu a presidência prometendo defender valores conservadores e entrar em confronto direto com o governo progressista do país.
- Nos Estados Unidos, um incidente grave abalou uma base militar na Geórgia: um sargento atacou colegas de farda, ferindo pelo menos cinco soldados. O episódio levanta questões sobre saúde mental nas Forças Armadas americanas.
- O novo restaurante de Elon Musk, o Tesla Diner, virou sensação em Los Angeles, misturando gastronomia com a estética futurista que marca os empreendimentos do bilionário.
Frase em destaque
“Há países que agiram, também neste edifício [ONU], para pressionar Israel, em vez do Hamas, durante dias delicados nas negociações, atacando Israel, fazendo campanha contra Israel e anunciando o reconhecimento de um virtual Estado Palestino. Eles deram presentes e incentivos ao Hamas para continuar esta guerra.”
Gideon Sa’ar, ministro das Relações Exteriores de Israel
Número em destaque
5.449
Número de ogivas nucleares que compõem o maior arsenal nuclear do mundo, pertencente à Rússia
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