Diversos estudantes de universidades italianas ocuparam nesta quarta-feira (1º) prédios acadêmicos em cidades como Pádua e Roma para apoiar a flotilha Global Sumud, rede de embarcações que transporta ativistas – entre eles Greta Thunberg – com destino a Gaza. O grupo desafia o bloqueio marítimo imposto por Israel. Os manifestantes também exigem o fim de acordos de colaboração entre universidades italianas e instituições israelenses.
Em Pádua, a associação estudantil divulgou um comunicado no qual defendeu a paralisação das atividades acadêmicas.
“Por Gaza, pela Palestina, pela flotilha Global Sumud. Fechemos as universidades, as cidades, o país. Não é mais hora de olhar para o outro lado”, declarou a organização. Segundo os líderes do movimento, a decisão de ocupar o campus foi tomada após assembleia com mais de 200 participantes, que pediram que a universidade “se posicione e tome medidas concretas diante do genocídio em curso”.
Os estudantes anunciaram que permanecerão no interior das faculdades “até novo aviso” e que organizarão mesas-redondas e transmissões ao vivo com imagens enviadas pela flotilha. Além disso, bloquearam o acesso às aulas na Faculdade de Letras.
Em Roma, integrantes da Universidade La Sapienza hastearam uma bandeira palestina e ocuparam a Faculdade de Ciências Políticas. De acordo com a organização juvenil comunista Cambiare Rotta, a ação foi precedida por uma “grande marcha estudantil”. Em outras cidades como Milão, Bolonha, Bari, Palermo e Perúgia, assembleias estão sendo preparadas para uma greve geral, caso a flotilha seja interceptada.
O movimento também se espalhou para Gênova, onde estudantes afirmam que a ocupação da reitoria prossegue “apesar das ameaças e intimidações do reitor”. Já em universidades como Turim e Pisa, protestos semelhantes resultaram na suspensão de parcerias acadêmicas com instituições de Israel.
No centro da mobilização está a flotilha Global Sumud, que, segundo os ativistas afirmam, carrega alimentos e medicamentos para Gaza. Na madrugada desta quarta, a organização informou ter entrado em “zona de alto risco”, em referência à proximidade com a barreira de segurança marítima estabelecida por Israel para impedir o fornecimento de apoio ao grupo terrorista Hamas.
Fique conectado