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Ações da CBA disparam com rumores de compra pela Emirates Global Aluminium
Economia

Ações da CBA disparam com rumores de compra pela Emirates Global Aluminium 

As ações da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), empresa do grupo Votorantim, dispararam nesta terça-feira (8) no Ibovespa em meio a rumores de que a produtora, uma das maiores da América Latina, estaria no radar de grandes grupos internacionais interessados em aquisição. Por volta das 15h30, os papéis subiam 10,32%, cotados a R$ 4,49.

Segundo duas fontes ouvidas pela agência Reuters, a Emirates Global Aluminium (EGA), dos Emirados Árabes Unidos, estuda a compra da CBA. O interesse se deve ao controle integral da companhia sobre a cadeia de produção de alumínio — da mineração e refino de bauxita à fundição e fabricação de produtos primários.

De acordo com a agência, o Morgan Stanley atua como assessor financeiro da EGA, que vê a operação como parte de sua estratégia global. A CBA tinha valor de mercado de US$ 487 milhões no fechamento de segunda-feira (6), e suas ações já haviam subido 6% na manhã desta terça após a notícia. Até o momento, não há confirmação de oferta formal.

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Controlada em 69% pelo grupo Votorantim, a CBA produz alumínio de baixo carbono em sete estados brasileiros e mantém operações físicas e digitais. Analistas destacam que o controle de minas próprias e o acesso direto à bauxita tornam a empresa um ativo estratégico para investidores que buscam ampliar presença no setor.

Discussões de venda

De acordo com a XP Investimentos, as conversas sobre uma possível venda do controle da CBA ganharam força no fim de agosto, quando a companhia buscava atrair investidores para o Projeto Rondon, voltado à extração de bauxita, com investimentos estimados em cerca de US$ 2,5 bilhões. Na ocasião, Rio Tinto, Alcoa e Chinalco foram citadas como potenciais interessadas.

Embora não haja estimativa oficial de valor para uma eventual oferta, a XP aponta que as especulações impulsionaram as ações da CBA, que subiram 12% na semana. O movimento reflete também a expectativa de recuperação da empresa após um segundo trimestre fraco, com melhora projetada para o 3T25.

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Em agosto, a CBA reportou Ebitda ajustado de R$ 189 milhões no 2T25, queda de 56% frente ao trimestre anterior e de 44% na comparação anual. O resultado ficou bem abaixo da estimativa de R$ 298 milhões, que já era inferior ao consenso de mercado.

A EGA afirmou que monitora oportunidades de crescimento, mas não comenta rumores. CBA, Morgan Stanley e Votorantim também não se pronunciaram.

EGA: investimentos e projetos

No início do ano, a EGA alertou que a volatilidade nos preços do alumínio poderia persistir devido às tensões comerciais globais, incluindo tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio importados. A empresa fechou acordos de US$ 200 bilhões com o governo Trump após visita do presidente à região.

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Além disso, anunciou investimento de US$ 4 bilhões em uma fundição de alumínio primário em Oklahoma — a primeira do tipo nos EUA desde 1980. O projeto depende de garantias de fornecimento de energia a longo prazo, incentivos fiscais e negociações avançadas com autoridades estaduais.

Em março, a companhia registrou queda de 23,5% no lucro líquido de 2024, impactada por perdas na Guiné e pela implementação de um imposto corporativo nos Emirados Árabes Unidos.

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