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faz sentido comprar a Moove da Cosan? Veja a opinião de analistas
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faz sentido comprar a Moove da Cosan? Veja a opinião de analistas 

Em meio a rumores sobre a potencial aquisição da Moove, empresa de lubrificantes controlada pela Cosan (CSAN3), pela Vibra (VBBR3), o Itaú BBA avalia que a transação tenderia a ser positiva para a Cosan, por representar mais um avanço em sua estratégia de desalavancagem.

Para Vibra, no entanto, o BBA vê impactos mistos. Embora a aquisição possa ser vista como estrategicamente relevante, dado que a Moove possui contratos comerciais e ativos logísticos que poderiam complementar a posição comprada da Vibra no mercado de lubrificantes, aproveitando a capacidade ociosa de sua planta recentemente modernizada no Rio de Janeiro, há incertezas relevantes no horizonte.

Nesta manhã, cabe ressaltar, a Cosan afirmou que tem sido procurada por agentes do mercado para discutir alternativas envolvendo seus ativos, mas reforçou que “não há acordo ou compromisso firmado”. Segundo a Cosan, eventuais conversas não são vinculantes.

De acordo com BBA, o incêndio de fevereiro na planta da Moove no Rio de Janeiro tornou a previsão dos lucros da empresa desafiadora. “Dependendo do múltiplo de aquisição e da perspectiva de lucros da Moove, a transação também pode aumentar a alavancagem da Vibra” destacam analistas.

O BBA projeta a alavancagem da nova empresa entre 3,2 a 3,7 vezes, dependendo dos cenários de avaliação, o que parece relativamente alto e na direção oposta para investidores que aguardavam desalavancagem, reciclagem de portfólio (Comerc) e dividendos.

Além disso, a Moove opera nos Estados Unidos e na Europa, o que representaria a expansão inicial da Vibra em mercados internacionais e pode introduzir certos riscos operacionais.

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Na avaliação do Bradesco BBI, a reação inicial do mercado à potencial transação tenderia a ser mais negativa do que positiva, principalmente em razão das preocupações com o aumento da alavancagem da Vibra decorrente da possível aquisição.

Segundo o BBI, esse impacto poderia ser parcialmente mitigado caso a avaliação do ativo se mostre atrativa. As simulações apresentadas pela equipe indicam como a alavancagem da Vibra evoluiria com múltiplos de aquisição entre 6 vezes e 7 vezes o EBITDA, sem considerar sinergias — faixa que corresponde à avaliação mais baixa indicada no prospecto preliminar do IPO da Moove, divulgado em outubro de 2024.

O BBI entende ainda que qualquer negociação deveria excluir a unidade da Moove impactada pelo recente incêndio, uma vez que: (i) a companhia deve ser ressarcida pelas seguradoras; e (ii) a Vibra dispõe atualmente de 220 mil m³/ano de capacidade ociosa em sua nova planta de produção de lubrificantes, o que eliminaria a necessidade de construção de uma nova unidade.

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O BBI estima que essa capacidade adicional poderia gerar até R$ 400 milhões em EBITDA incremental por ano, com a substituição de volumes importados e de baixa margem hoje utilizados pela Moove.

Sobre sinergias, o BBI avalia que elas podem existir, sobretudo nas operações brasileiras. A Moove atua em nichos mais especializados e possui uma rede de suporte técnico que a Vibra ainda não tem, o que limita seu poder de precificação. A replicação desse modelo de atendimento em toda a rede da Vibra poderia, na visão do banco, contribuir para uma reprecificação do portfólio de lubrificantes da empresa.

O BBI também ressalta que o negócio de lubrificantes tem maior sinergia com as operações da Vibra do que com as da Comerc. No entanto, reforça que seria fundamental negociar termos de avaliação favoráveis para mitigar as preocupações do mercado com a alavancagem. O banco acrescenta que a Cosan costuma ser resistente a desinvestir ativos de qualidade por preços baixos, o que pode representar um entrave à concretização da transação. Por fim, o BBI destaca que o negócio poderá estar sujeito a análise antitruste.

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O BBI reiterou recomendação de compra para Vibra e preço-alvo de R$ 27.

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