O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta quinta-feira (17), com investidores reagindo à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retomar a vigência da maior parte do decreto do governo sobre o IOF, com as tensões comerciais recentes e mais dados econômicos também no radar. Às 9h02 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro com vencimento em agosto tinha queda de 0,31%, cotado aos 136.085 pontos.
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Moraes concedeu liminar na quarta-feira que retoma a vigência da maior parte do decreto que elevou a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Relator do processo aberto pelo governo, ele determinou que continue suspenso apenas o trecho que aumentou o IOF sobre o chamado risco sacado.
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O mercado também segue de olho na resposta do Brasil à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse na quarta que é urgente a negociação entre Brasil e EUA sobre a tarifa, ponderando não ver problema, se houver necessidade, de prorrogar o prazo para as tratativas.
No cenário externo, os agentes financeiros vão monitorar mais dados econômicos dos EUA, com destaque para as divulgações dos números de preços de importados de junho, de pedidos semanais de auxílio-desemprego e de vendas no varejo de junho — todos a serem publicados às 9h30.
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As atenções ainda seguem voltadas para o futuro do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, após Trump negar na véspera que está planejando demitir o chefe do banco central dos EUA, mesmo lançando mais críticas contra ele e se recusando a rejeitar completamente a possibilidade de destituí-lo.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro caía 0,16%, o S&P Futuro caía 0,08% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,02%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,38%, aos 5.609 pontos.
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Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta, com os investidores avaliando a queda nas exportações do Japão pelo segundo mês consecutivo, bem como a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, negando qualquer intenção de demitir Jerome Powell do comando do Federal Reserve.
Os preços do petróleo registra leve alta, revertendo as perdas da sessão anterior, impulsionados por dados econômicos mais fortes do que o esperado dos maiores consumidores de petróleo do mundo e sinais de alívio das tensões comerciais.
As cotações do minério de ferro na China subiram com forte demanda por aço na segunda maior economia do mundo e produção reduzida.
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(Com Reuters)
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