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Governo deve recuar no risco sacado, mas manter IOF no VGBL, diz Bittencourt, do ASA
Economia

Governo deve recuar no risco sacado, mas manter IOF no VGBL, diz Bittencourt, do ASA 

O governo federal deve manter o conteúdo dos decretos de junho sobre elevação do IOF para investimentos e operações financeiras – como no caso do VGBL – durante a audiência de conciliação convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a tarde desta terça-feira (15). Por outro lado, deve recuar na tributação do risco sacado. É o que avalia Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA e ex-secretário do Tesouro Nacional.

“A intenção do Executivo seria manter todo o conteúdo dos decretos apresentados em junho, aqueles que tinham um ambição menor em torno de R$ 12 bilhões para arrecadação em 2025. Mas estaria disposto a negociar a tributação em bases novas, não os aumentos de alíquotas do que já era tributado, mas a tributação sobre a nova base que seria o risco sacado”, disse em evento online hoje.

O risco sacado é operação por meio da qual uma empresa compradora solicita a um banco que antecipe o pagamento de seus fornecedores. Quando o prazo acordado chega, a empresa paga o banco, com juros. De acordo com o decreto, haveria uma cobrança diária de 0,0082% e alíquota fixa para 0,38% para operações de crédito convencionais entre pessoas jurídicas.

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A audiência convocada pelo STF tem o objetivo de mediar duas ações: uma do Partido Liberal, que contesta a constitucionalidade dos decretos presidenciais que aumentaram o IOF, e outra Ação Declaratória de Constitucionalidade da Advocacia-Geral da União (AGU), que tentar restabelecer os efeitos do decreto presidencial que aumentou as alíquotas do imposto.

O economista disse que sua percepção é que o Executivo vai mais forte para essa conciliação do que entrou há algumas semanas porque o discurso de que o Congresso não está contribuindo para a justiça tributária do país está ajudando na recuperação da popularidade do presidente Lula e pegando mal para os parlamentares.

VGBL

Em relação ao VGBL, a ideia era a criação de uma nova tributação sobre aportes anuais acima de R$ 600 mil em planos. Apesar de inicialmente cogitar rever essa medida, o governo demonstra intenção de mantê-la, segundo Bittencourt, alegando que há uso recorrente dessa estratégia por grandes famílias como forma de planejamento tributário.

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De acordo com o economista, porém, o IOF tem uma função regulatória e não deveria ser usado como ferramenta para corrigir falhas na tributação sobre a renda ou o patrimônio.

“Se há um problema regulatório no VGBL, não deveria fazer diferença se o aporte é de R$ 100 mil no ano, R$ 500 mil ou R$ 600 mil. Isso porque não é um problema de regulação do produto. É um problema da tributação da renda ou das transferências patrimoniais. Mas o governo parece não estar disposto a abrir mão dessa tributação”, disse.

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