A líder opositora María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, afirmou nesta quarta-feira (5), durante o America Business Forum em Miami, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “está terminando a guerra que Nicolás Maduro começou”. Segundo ela, o republicano age corretamente ao enfrentar o regime chavista, que classificou como uma “estrutura criminosa e narcoterrorista”.
Machado disse que “a estratégia do presidente Trump em relação a essa estrutura criminosa e narcoterrorista é absolutamente correta”, porque “Nicolás Maduro não é um chefe de Estado legítimo, é o chefe dessa estrutura narcoterrorista que está travando uma guerra contra o povo venezuelano”.
A líder opositora apoiou as ações militares dos Estados Unidos contra embarcações que, segundo a Casa Branca, transportam drogas e armas no Caribe e no Pacífico. Segundo reportagens da imprensa americana, essas operações já destruíram cerca de 20 alvos e deixaram pelo menos 66 mortos desde setembro.
“É necessário cortar esses fluxos de caixa, e é exatamente isso que o presidente Trump está fazendo para proteger milhões de vidas de cidadãos americanos e latino-americanos”, declarou.
Machado também afirmou que o ditador Maduro rejeitou propostas de uma transição democrática negociada após as eleições de julho de 2024, nas quais, segundo a oposição e governos estrangeiros, com base em atas recolhidas em centro de votação, o candidato Edmundo González, da oposição, saiu vitorioso.
“Maduro precisa entender que suas horas estão se esgotando. Se aceitar uma transição, ela será mais rápida e pacífica, mas acontecerá independentemente do que ele fizer”, disse.
Durante o evento, realizado na Flórida, Machado destacou que a queda de Maduro poderá provocar uma onda de mudanças em regimes aliados da região.
“A libertação da Venezuela vai trazer a libertação de Cuba e da Nicarágua”, afirmou, ao prever também mudanças nas relações com Irã, Rússia e China.
Ela acusou esses três países de transformarem a Venezuela em base de apoio a redes criminosas internacionais.
“A Guarda Nacional do Irã tem forças operando e treinando em Venezuela. Receberam drones, tecnologia e usaram nosso sistema financeiro para lavar ativos vinculados a grupos como Hezbollah”, disse.
Machado reiterou que o regime chavista se sustenta com recursos do narcotráfico, contrabando e tráfico de pessoas, e defendeu que a pressão internacional liderada por Trump é essencial para “enfraquecer e isolar essa estrutura de poder”.
A opositora ainda afirmou que, se seu movimento chegar ao governo, abrirá a economia venezuelana ao investimento estrangeiro, estimando oportunidades de até US$ 1,7 trilhão em energia, infraestrutura, mineração e tecnologia.
“Queremos que nossos filhos regressem à Venezuela e possam gozar de um país seguro e próspero”, disse ao encerrar sua participação no fórum, que também reuniu o presidente Donald Trump, o presidente argentino Javier Milei, o ex-tenista Rafael Nadal e o jogador Lionel Messi.
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