O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está neste momento avaliando uma série de ações militares contra o regime do ditador Nicolás Maduro na Venezuela. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (4) pelo jornal The New York Times, entre as opções em discussão estão ataques diretos a unidades das Forças Armadas venezuelanas que protegem Maduro e a possível tomada de campos de petróleo estratégicos do país.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, o plano em estudo pela Casa Branca inclui três níveis de ação: ataques aéreos a instalações militares ligadas ao tráfico de drogas, o envio de forças de Operações Especiais para capturar ou eliminar Maduro, e a ocupação de áreas petrolíferas sob controle do regime chavista.
Trump ainda não tomou uma decisão, mas o Times afirma que parte de seus assessores defende uma resposta “mais agressiva” contra Maduro, acusado pelo governo norte-americano de comandar o chamado Cartel de los Soles, classificado oficialmente como uma organização narcoterrorista.
O Departamento de Justiça foi acionado para elaborar uma base legal que permita ampliar as operações militares já em curso no Caribe e no Pacífico, onde os Estados Unidos têm atacado embarcações suspeitas de transportar drogas. Essa análise jurídica, segundo a reportagem, poderia autorizar ações contra Maduro sem necessidade de aprovação prévia do Congresso ou declaração formal de guerra.
O jornal relata que o secretário de Estado Marco Rubio, que também atua como conselheiro de segurança nacional, e Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, estão entre os principais defensores de uma intervenção para forçar a queda do líder venezuelano. Ambos argumentam que a presença de cartéis e grupos criminosos na Venezuela representa uma ameaça direta aos Estados Unidos.
Há hoje cerca de 10 mil militares norte-americanos no Caribe, metade deles em bases em Porto Rico e o restante a bordo de navios de guerra. O porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior da Marinha americana, deve chegar à região ainda neste mês, reforçando a presença militar dos EUA no entorno da Venezuela. Nas últimas semanas, o Pentágono também enviou bombardeiros B-52 e B-1 para exercícios de “demonstração de força” próximos à costa venezuelana.
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