O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a criticar as sanções impostas pelo governo de Donald Trump a ele e seus familiares, na última sexta-feira.
Nas redes sociais, o mandatário esquerdista disse que se sente “chantageado” após ter sido incluído pelo governo americano na lista do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), conhecida como “Lista Clinton”, que implica no congelamento de seus bens nos EUA e proíbe transações com americanos.
Além de Petro, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a inclusão de sua esposa, Verónica Alcocer; seu filho, Nicolás Petro; e o ministro do Interior colombiano, Armando Benedetti, na lista do Ofac por supostos vínculos com o narcotráfico.
Essa restrição atrapalhou uma viagem oficial do presidente colombiano para o Oriente Médio. Ele teve dificuldade em chegar na Arábia Saudita durante uma escala em Cabo Verde, quando uma empresa americana se recusou a reabastecer seu avião por medo de violar as regulamentações do Ofac, forçando-o a viajar para Madri, onde o governo espanhol veio em seu auxílio.
Após o ocorrido, o colombiano foi para as redes sociais fazer novas críticas ao governo Trump. “É bom que a empresa americana esteja me humilhando, porque o contrato com eles será rescindido. O mundo sabe que (o presidente dos EUA, Donald) Trump está me perseguindo porque me opus ao genocídio em Gaza e ao crime no Caribe, e não porque eu transportava cocaína ou porque tinha uma sobrinha e uma cunhada envolvidas com o crime organizado, ou um tio, ou porque eu fazia parte do cartel de Pablo Escobar”, disse.
Antes das sanções, os EUA já haviam suspendido o visto de Petro após sua participação em um evento pró-Palestina em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, no mês passado.
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