A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela manteve preso por quase três horas o gerente da Anistia Internacional no país, Manuel Finol, detido quando se preparava para embarcar em um voo para o exterior.
A ONG relatou a prisão do ativista em um post no X às 9h47 (de Brasília) desta quinta-feira (30). “Manuel Finol, artista e ativista de longa data, e gerente da Anistia Internacional Venezuela, foi detido no Aeroporto de Maiquetía [na Grande Caracas]. A DGCIM [Direção Geral de Contrainteligência Militar] informou-o de que seu celular será verificado e que ele será transferido. Pedimos o seu apoio. Manuel precisa ser libertado agora”, afirmou a Anistia Internacional.
Às 12h13 de Brasília, a ONG publicou outra mensagem, dizendo que Finol foi libertado. “Ele estava detido no Aeroporto de Maiquetía e sua viagem de trabalho foi impedida. Espera-se a rápida restituição de seus documentos e o restabelecimento de seu direito à livre circulação. Agradecemos pelas orações, ações e inúmeras mensagens de apoio”, disse a Anistia Internacional.
A ONG venezuelana Laboratório de Paz comemorou a libertação do ativista nas redes sociais e denunciou que “as autoridades continuam a usar o cancelamento de passaportes como forma de retaliação”.
Por sua vez, a ONG Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea) alertou no X que o “padrão de perseguição a defensores de direitos humanos na Venezuela” persiste.
Da mesma forma, a organização Justiça, Encontro e Perdão afirmou que a libertação de Finol é um “passo importante”, mas “não pode ofuscar a necessidade de garantir a proteção daqueles que defendem os direitos humanos e a sociedade civil” no país.
Na quarta-feira (29), Orlando Moreno, coordenador nacional do Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela (VV) — liderado pela líder da oposição María Corina Machado — informou que 43 pessoas foram detidas por motivos políticos no país somente em outubro, das quais sete já foram libertadas.
Por meio de seu relato no X, Moreno detalhou que, das 36 pessoas que permanecem detidas, 22 são ativistas do VV, oito de outros partidos políticos e seis são membros da sociedade civil.
A ONG Foro Penal contabiliza 875 presos políticos na Venezuela, segundo boletim divulgado na terça-feira (28), com dados até 27 de outubro.
 
 
 
                     
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                         
                                                        
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