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Leão XIV e Charles III fazem oração histórica no Vaticano
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Leão XIV e Charles III fazem oração histórica no Vaticano 

Quase cinco séculos depois da fundação da Igreja Anglicana, Carlos III e Leão XIV se encontraram nesta quinta-feira (23) no Vaticano, em um momento histórico. Foi a primeira vez que um rei britânico e um papa católico rezaram juntos desde que Henrique VIII rompeu com Roma, em 1534.

O monarca e governador supremo da igreja da Inglaterra chegou ao Vaticano esta manhã, acompanhado o tempo todo pela rainha Camila, vestida rigorosamente de preto, como exige o protocolo.

Em seguida, foram escoltados ao Palácio Apostólico para um encontro com o novo papa, que durou 45 minutos.

A cerimônia em que o rei inglês e o pontífice rezaram juntos foi na Capela Sistina e começou com a leitura de um texto de Santo Ambrósio de Milão em latim, que os monarcas acompanharam pela tradução de John Henry Newman, teólogo anglicano que se converteu ao catolicismo e será declarado Doutor da Igreja em 1º de novembro.

Em seguida, o papa americano e o arcebispo de York, Stephen Cottrell, que substitui a arcebispa de Cantuária, Sarah Mullally, nesta visita, pois assumirá o cargo em janeiro, presidiram a oração.

Após a oração, o rei e o papa foram até a Sala Regia, adjacente à Capela Sistina, para se reunir com representantes de organizações da área climática e líderes do setor privado envolvidos na Iniciativa de Mercados Sustentáveis, que Carlos III fundou como Príncipe de Gales.

O rei também se encontrou com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Entre os temas discutidos com este último, segundo a Santa Sé, estiveram o “compromisso comum com a promoção da paz e da segurança diante dos desafios globais” e a proteção ambiental.

Mas também, “aludindo à história da Igreja no Reino Unido, não faltou reflexão conjunta sobre a necessidade de continuar e promover o diálogo ecumênico”.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, Jamie Hawkey, teólogo-cônego da Abadia de Westminster, disse em uma coletiva de imprensa organizada pelo Religion Media Centre que “a era da desconfiança mútua realmente acabou”.

“Setenta anos atrás, não era possível que católicos e anglicanos entrassem nas igrejas uns dos outros sem causar grande ofensa. Este é um momento em que a história pode ser vista como curada”, afirmou.

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