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Mercado Livre e Casas Bahia fazem parceria “ganha-ganha” e BHIA3 dispara: o que muda?
Economia

Mercado Livre e Casas Bahia fazem parceria “ganha-ganha” e BHIA3 dispara: o que muda? 

Na manhã desta quinta-feira (23), o Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou que começará a vender produtos no Mercado Livre (BDR: MELI34) a partir de novembro como parte de uma parceria comercial de longo prazo. A sessão é de forte ânimo para BHIA3, com avanço de 9,21% (R$ 3,44), às 10h49 (horário de Brasília).

A expectativa é que a parceria aumente a participação de mercado do Mercado Livre em segmentos como eletrônicos e eletrodomésticos no Brasil, ao mesmo tempo que impulsiona as vendas da Casas Bahia.

Assim, a partir do próximo mês, produtos das categorias core (eletrodomésticos, eletrônicos e móveis) da Casas Bahia estarão disponíveis na plataforma do Mercado Livre. A aliança busca alavancar o market share da companhia, aproveitar seu ecossistema logístico e financeiro e fortalecer o modelo omnichannel (multicanal), em um momento estratégico próximo à Black Friday.

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Na visão da Genial Investimentos, a parceria é positiva e reforça a tese de que a Casas Bahia segue reposicionando seu modelo de negócio para maximizar eficiência e capilaridade. “Além de ampliar o alcance digital, o acordo reduz a dependência do canal próprio e melhora o giro de estoques em categorias core, podendo gerar ganhos logísticos e de tráfego no curto prazo”, ressalta. A recomendação, contudo, segue neutra para os ativos BHIA3, com preço-alvo de R$ 4,50.

O Bradesco BBI vê a parceria como uma iniciativa vantajosa para ambas as empresas, reforçando a proposta de valor e o foco estratégico de cada empresa — o Mercado Livre na expansão do sortimento, experiência do usuário e alcance em bens duráveis, e BHIA3 no fortalecimento de suas categorias principais e presença multicanal.

“A iniciativa ocorre em um cenário competitivo acirrado e com redução do poder de consumo das famílias, tornando o momento atraente antes da Black Friday 2025, embora ainda faltem detalhes completos sobre os termos econômicos e comerciais da parceria”, aponta.

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Mais amplamente, vê o movimento como negativo para Magazine Luiza (MGLU3), dado o potencial aumento do poder dos concorrentes em sua categoria principal, e para Shopee, onde a oferta de bens duráveis ainda está em estágio inicial.

A Ativa Investimentos ressalta também a parceria ganha-ganha, já que Casas Bahia passa a ter acesso a base de clientes do MELI e o MELI passa a contar com a expertise da Casas Bahia na venda dessas categorias.

“A logística deste tipo de categoria é complexa e a escala da Casas Bahia tem sido pressionada. Com isso, a parceria deve unir a capacidade de escala do Mercado Livre com a logística da Casas Bahia para essas categorias e também deve trazer ganhos para a varejista. Do lado do MELI34, os impactos devem ser mínimos no momento, contribuindo para ganhos de capilaridade nessas categorias, que hoje não são o foco da companhia. Devemos ver, também, níveis promocionais mais agressivos nestas categorias, a fim de capturar clientes”, aponta.

Para BHIA3, a parceria deve trazer ganhos de volume e, em certa forma, alívio em custos. Para o MELI, para a qual a Ativa tem recomendação de compra, esse movimento não muda a visão e apenas reforça a força do ecossistema da companhia.

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