O GPA (PCAR3), empresa que controla a rede de supermercados Pão de Açúcar, anunciou na quarta-feira (22) que seu CEO, Marcelo Pimentel, renunciou ao cargo após cerca de três anos na companhia. O atual CFO, Rafael Russowsky, acumulará suas funções e atuará também como CEO interino.
O anúncio inesperado provocou a uma reversão nas cotações do varejista, que chegaram a subir 3,35%, a R$ 3,70, na máxima da sessão, antes de terem a negociação suspensa em razão da divulgação do fato relevante. As ações voltaram a negociar e fecharam em queda de 1,12%, a R$ 3,54.
De forma geral, a mudança de comando foi considerada natural pelos bancos consultados, uma vez que ele ocorre na esteira de mudanças significativas na estrutura acionária, que resultaram na perda da maioria do conselho pelo Casino e na Família Coelho Diniz se tornando a acionista de referência, com participação de 24,6%.
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Ainda assim, o JPMorgan avalia que a saída do CEO tende a ser recebida de forma negativa, considerando que Pimentel vinha liderando o plano de reestruturação operacional do GPA, que já apresentava resultados positivos em vendas e rentabilidade.
O JPMorgan não espera grandes mudanças na estratégia sob a liderança interina de Russowsky — que também vinha conduzindo as iniciativas de redução de alavancagem e gestão de passivos.
A XP Investimentos também vê o movimento como uma continuação dos recentes ajustes de governança do GPA e destaca que o novo Conselho deverá revisar as estruturas de custos e os planos de investimento, com um potencial aumento de capital na agenda de curto prazo.
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Além disso, a XP projeta novas mudanças à frente, já que Russowsky assumirá temporariamente o cargo de CEO, enquanto a família poderá estar mais presente nos negócios do dia a dia. Enquanto isso, a empresa enfrenta um momento de lucros mais fraco, embora tenha se empenhado ativamente na resolução de questões tributárias. Diante disso, a corretora manteve recomendação neutra. Já o JPMorgan reiterou recomendação de venda.
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