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XP reduz preço-alvo para ações da Cosan (CSAN3), mas mantém compra; veja os motivos
Economia

XP reduz preço-alvo para ações da Cosan (CSAN3), mas mantém compra; veja os motivos 

A XP Investimentos atualizou as estimativas em relação ao preço-alvo da Cosan (CSAN3) nesta quarta-feira (22). Para 2026, os analistas do banco esperam que o valor seja R$ 9 por ação. A atualização substitui a expectativa de R$ 17 por ação até o final do ano de 2025.

Segundo o relatório, o novo preço-alvo implica em um potencial de alta de aproximadamente 50% sobre os níveis atuais do mercado (R$ 6 por ação, baseado no fechamento do dia anterior). A XP reitera a recomendação de compra para os papéis da Cosan, com base em valuation.

O relatório da XP traz três principais pontos que podem destravar valor sobre a Cosan:

  1. Novos ajustes na estrutura de capital, como desinvestimentos;
  2. Resultados benéficos no processo de ajustes da estrutura de capital da Raízen (RAIZ4); e 
  3. Custo de capital menor no Brasil, que levaria a valuations maiores para companhias operacionais, e portanto, colabora a reduzir desconto holding para a Cosan, que está em aproximadamente -19% no momento.

Os analistas avaliaram a Cosan com base na soma das partes (SOTP), considerando o valor individual de cada empresa operacional (OpCo). “A Raízen e a Rumo são analisadas por meio de fluxo de caixa descontado (FCD), feito por nossos times de Agronegócio e Transporte, respectivamente”, diz o relatório. 

Já a Moove teve seu valor calculado com base em múltiplos Valor Empresário sobre Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), enquanto a Compass foi avaliada também por SOTP, refletindo seus diferentes segmentos de atuação. Já a Radar teve a precificação definida a partir de relatórios de avaliação especializados.

Os analistas afirmam que os principais riscos que podem impactar a recomendação e o preço-alvo são:

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  • Taxas de juros que permaneçam elevadas por mais tempo;
  • Dificuldade em realizar desinvestimentos em condições favoráveis;
  • Diluição relevante decorrente do aumento de capital da Raízen; e
  • Revisões tarifárias desfavoráveis na Comgás;

No caso de um cenário operacional adverso, incluindo queda nos preços de açúcar e etanol para a Raízen, redução das taxas de frete da Rumo ou pressões sobre margens da Moove após o incêndio em sua fábrica.

Estrutura de capital

Os analistas da XP acreditam que a tese de investimento central da Cosan está a necessidade da holding melhorar a estrutura de capital. De forma mais prática, isso significaria que os dividendos das investidas não conseguiriam cobrir o custo das dívidas, caso as taxas livres de risco continuem altas.

“O principal risco é que o aumento da dívida corporativa possa corroer a participação do patrimônio líquido no valor da empresa”, afirmam. Duas opções para resolver esse problema seriam a redução do tamanho do balanço patrimonial, através de desinvestimentos de ativos, ou levantar capital. Recentemente, a companhia anunciou a segunda opção, mas os analistas apontam que a Cosan deve continuar buscando a primeira.

Há um mês, a Cosan divulgou um aumento de capital em R$ 10 bilhões a ser executado por meio de duas ofertas separadas. Segundo o relatório da XP, é esperado que ambas as parcelas tenham preço de R$ 5 por ação, nível de mercado abaixo do atual, assim como o valor líquido do ativo (NAV) calculado de R$ 10, antes do aumento de capital.

“O preço da operação implica uma diluição significativa (cerca de R$ 2,6 por ação em relação ao NAV) para os acionistas existentes, tanto controladores quanto minoritários. Calculamos o desconto de holding da Cosan em cerca de 19% (após a diluição) aos preços atuais das ações, em linha com outras holdings”, diz a XP.

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