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Reação à produção da Vale e balanços de WEG e Tesla: os destaques desta 4ª
Economia

Reação à produção da Vale e balanços de WEG e Tesla: os destaques desta 4ª 

Os mercados acompanham com atenção nesta quarta-feira (22) as movimentações em Brasília e no mundo corporativo. No Congresso, o governo apresenta hoje novas propostas para tentar fechar o Orçamento de 2026 após a derrubada da medida provisória (MP) que previa taxar investimentos financeiros, fintechs e casas de apostas esportivas. A rejeição da MP obriga um ajuste de R$ 35 bilhões para equilibrar as contas, diante da expectativa de queda na arrecadação.

No mundo corporativo, investidores digerem o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre deste ano (3T25) da Vale (VALE3), divulgado no fechamento de ontem. A mineradora anunciou ter tido a maior produção de minério de ferro desde 2018, com 94,4 milhões de toneladas (Mt), alta de 3,4 Mt na comparação anual.

As vendas somaram 86 Mt, com aumento de 5% na realização de preços, beneficiada por prêmios mais altos de finos de minério de ferro em US$ 1,8 por tonelada. A produção de pelotas caiu 23% na comparação anual, atingindo 8 Mt, enquanto a produção de cobre cresceu 6%, apoiada por maiores volumes de concentrado de Voisey’s Bay e Sudbury.

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A atenção dos investidores também se volta para a divulgação do balanço financeira do 3T25 da WEG (WEGE3), Tesla, Moody’s, Barclays, Heineken, IBM e AT&T.

Na agenda econômica, o Brasil terá a divulgação do fluxo cambial semanal às 14h30, enquanto nos Estados Unidos saem os estoques de petróleo da Agência Internacional de Energia (AIE) às 11h30 e o discurso de Barr, vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed), às 17h.

Além disso, os governos do Brasil e dos Estados Unidos fecharam que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrerá no próximo domingo (no horário de Brasília), dia da abertura do evento cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia.

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Nos EUA, a paralisação do governo caminha para se tornar a segunda mais longa da história, atrasando a divulgação de dados econômicos, como a inflação de setembro. As tensões comerciais também seguem em pauta após Donald Trump afirmar que uma reunião com Xi Jinping pode gerar um “bom acordo”, embora sem garantia de que ocorra.

Izabela Moreira Corrêa, diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, participa às 11h50 como palestrante do painel “Combate aos Crimes Financeiros: importância da atuação integrada”, durante o 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLDFT), promovido pela Febraban, em São Paulo. Evento aberto à imprensa.

Agenda

  • Brasil
  • 14h30 – Fluxo cambial (semanal)  
  • EUA
  • 11h30 – Estoques de petróleo (AIE) semanal
  • 17h – Discurso de Barr, vice-presidente de supervisão do Fed

INTERNACIONAL

Lula e Trump

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, vão se encontrar neste domingo (26), horário de Brasília, na abertura da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, com horário exato ainda pendente. A reunião faz parte de uma série de encontros bilaterais de Lula, incluindo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Autoridades em Brasília avaliam que o encontro pode iniciar uma mudança nas relações bilaterais, com foco em negociações comerciais e diálogo político.

Exigência

Trump exige que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos pague cerca de US$ 230 milhões em compensação pelas investigações federais conduzidas contra ele. As queixas incluem supostas violações de direitos durante a investigação sobre a interferência russa em 2016 e a revista de documentos em Mar-a-Lago em 2022. Especialistas consultados pelo The New York Times apontam que o caso levanta conflitos éticos, já que Trump negocia com autoridades que estiveram à frente das investigações.

Queda do ouro

O ouro caiu mais de 6% na terça-feira (21) registrando a maior baixa diária em 12 anos, após alcançar US$ 4.381 por onça-troy e recuar para cerca de US$ 4.082. Analistas consultados pelo Financial Time atribuem a queda a um mercado sobrecomprado, à trégua entre Estados Unidos e China e ao fim da temporada de compras na Índia. Apesar da correção, especialistas do Standard Chartered apontam que o mercado mantém tendência de alta de longo prazo.

Imigração

O Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha encerrou a Lei de Memória Democrática, conhecida como Lei dos Netos, que permitia obter a nacionalidade por descendência espanhola. Com a medida, não será mais possível solicitar cidadania com base nessa norma, aprovada em 2022, que não exigia idade mínima nem residência no país.

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Em Portugal, o governo apresentou projeto de lei de nacionalidade à Assembleia da República, reforçando exigências para obter cidadania. Entre as mudanças estão prazos de residência, exame de português e cultura, declaração de intenção de pais e possibilidade de perda da nacionalidade em caso de crimes graves.

ECONOMIA

Selic restritiva

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou à GloboNews que o Banco Central do Brasil é o “mais duro do mundo” na política monetária, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). Haddad defendeu que a taxa de juros Selic está excessivamente restritiva, apesar da inflação controlada e da queda de preços administrados, como o da gasolina. Ele disse que respeita a autonomia do BC, mas votaria a favor de cortes se estivesse no Comitê de Política Monetária (Copom).

Carne bovina

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) anunciou que conseguiu o compromisso de importadores chineses de comprar carne bovina brasileira livre de desmatamento. Cem empresas da Associação Chinesa de Carnes de Tianjin vão adquirir ao menos 50 mil toneladas até junho de 2026, cerca de 2.500 contêineres. Os associados representam 15% das importações chinesas de carne do Brasil, após os EUA aplicarem tarifa de 50% sobre o produto.

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Leilões

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza nesta quarta-feira (22) leilão de sete áreas de petróleo no pré-sal, em frente ao litoral da região Sudeste, após emissão de licença ambiental para a Petrobras. As áreas incluem Esmeralda, Ametista, Jaspe, Citrino, Larimar, Ônix e Itaimbezinho, com bônus de assinatura que somam até R$ 160 milhões. Participam petroleiras nacionais e internacionais, como Petrobras, Chevron, Shell, Cnooc e Sinpec, em meio a expectativas de forte concorrência nos blocos mais promissores.

No mesmo horário, o Ministério de Portos e Aeroportos promove na B3, em São Paulo, o leilão de três terminais portuários: Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Maceió (AL), e do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR).

Dívidas do agro

O Banco do Brasil iniciou na terça-feira (21) a contratação de operações com base na MP 1314, que libera R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas de produtores rurais afetados por eventos climáticos. A nova linha BB Regulariza Agro permite liquidar, amortizar ou alongar débitos de custeio, investimento e CPRs, com prazos de até nove anos e um de carência. A medida deve aliviar a pressão sobre o banco, impactado pela alta da inadimplência no agronegócio.

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POLÍTICA

Orçamento 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou à GloboNews na terça-feira (21) que o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei para fechar o Orçamento de 2026: um para controle de gastos e outro para elevar receitas após a caducidade da MP do IOF, que deixou um rombo de R$ 30 bilhões. A segunda proposta deve incluir a taxação de fintechs e apostas on-line, temas que, segundo Haddad, preocupam o governo também do ponto de vista social. O ministro criticou a resistência do Congresso em aprovar medidas de aumento de arrecadação.

Condenados da trama golpista

A Primeira Turma do STF condenou nesta terça-feira (21) todos os sete réus do núcleo da desinformação da trama golpista por disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e atacar autoridades contrárias ao golpe. As penas variam de 7 anos e 6 meses a 17 anos de prisão, além de multa coletiva de R$ 30 milhões. O julgamento contou com votos favoráveis de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino; Luiz Fux votou pela absolvição.

Pedido

O ministro Luiz Fux pediu para deixar a Primeira Turma do STF, responsável pelos julgamentos da trama golpista, e migrar para a Segunda Turma, após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Fux foi o único a votar contra a condenação de Jair Bolsonaro e dos réus ligados ao núcleo da desinformação. A mudança, se aprovada, pode alterar o equilíbrio interno da Corte, já que a Segunda Turma tem dois ministros indicados por Bolsonaro.

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Após reunião

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), evitou comentar na terça-feira (21) a reunião com o presidente Lula (PT) sobre a escolha do novo ministro do STF. Segundo Jaques Wagner (PT-BA), Alcolumbre defendeu o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga. Wagner afirmou, porém, que Lula estaria decidido a indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Investigação reaberta

A Primeira Turma do STF decidiu nesta terça-feira (21) reabrir a investigação contra Valdemar Costa Neto, presidente do PL, por suposta participação na trama golpista. A maioria dos ministros seguiu o voto de Alexandre de Moraes, que defendeu a medida após condenar Carlos Cesar Rocha, autor do relatório fraudulento sobre urnas eletrônicas. A decisão pressiona a PGR a retomar o inquérito contra o dirigente partidário.

Bagagem em avião

A Câmara aprovou nesta terça-feira (21) o regime de urgência para o projeto de lei que proíbe a cobrança pela bagagem de mão em voos. O relator, deputado Neto Carletto (Avante-BA), avalia incluir no texto a gratuidade para despacho de malas de até 23 kg. A votação do projeto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

(Com Agência Brasil, Reuters e Estadão Conteúdo)

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