O presidente Lula (PT) enviou ao Congresso Nacional um acordo firmado em março de 2025 entre Brasil e Vietnã. Lula publicou o despacho no diário oficial desta terça-feira (21). Cabe ao Congresso Nacional deliberar sobre o assunto.
O chamado “Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Socialista do Vietnã sobre Troca e Proteção Mútua de Informações Classificadas” ficará sob responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República (GSI). Por outro lado, no Vietnã socialista, a responsabilidade é do Ministério da Segurança Pública.
O texto estabelece que “representantes das duas autoridades competentes podem visitar mutuamente suas instalações com o objetivo de adquirir conhecimento sobre os procedimentos de segurança e medidas aplicáveis à Informação Classificada, sujeito à aprovação da Autoridade anfitriã.”
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Outros quatro acordos foram celebrados
O acordo vem de uma visita de Lula ao Vietnã em março de 2025. Além dele, Lula celebrou com o país socialista outros atos:
- Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica;
- Acordo sobre o Exercício de Atividade Remunerada por parte de Dependentes de Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Missões Permanentes junto a Organismos Internacionais;
- Memorando de Entendimento para o Estabelecimento de Grupo de Direção sobre Cooperação Comercial e Industrial;
- Memorando de Cooperação entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Vietnamita de Futebol (VFF);
Mais tarde, em julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também fechou acordo com o Vietnã. A tarifa de exportação ao país, anteriormente em 40%, passou para 20%.
Lula recebe críticas por seu alinhamento com países autoritários, sobretudo a China. O regime de Xi Jinping tem sido considerado pelo governo como um possível substituto dos Estados Unidos, em termos de comércio. Trump vê os BRICS como ameaça à segurança dos Estados Unidos, e por isso trabalha para responder ao avanço do grupo. Enquanto isso, Lula considera os BRICS como “novo nome da defesa do multilateralismo.”
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