Notícias em alta
Categorias
Fique conectado
Notícias em alta
Ao utilizar nosso site, você concorda com o uso de nossos cookies.

Notícias

JPMorgan vê RADL3 na contramão das varejistas e reitera compra; ação salta
Economia

JPMorgan vê RADL3 na contramão das varejistas e reitera compra; ação salta 

O JPMorgan manteve recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações da RD Saúde (RADL3), dona das farmácias Raia e Drogasil. O preço-alvo foi elevado de R$ 24 para R$ 27. As ações RADL3 têm forte desempenho na sessão: às 12h43 (horário de Brasília) desta quarta subiam 5,55%, a R$ 19,78.

Na avaliação dos analistas, os temores em torno do case de investimento da RD Saúde têm desaparecido.

“De um lado, a execução sólida e a reestruturação corporativa estratégica estão impulsionando uma reviravolta no crescimento e na lucratividade, com o 2T25 apresentando melhorias acentuadas — mesmo com os resultados permanecendo fracos. Por outro lado, esperamos que o crescimento da receita acelere até o 2S25 [segunda metade do ano], apoiado por um calendário melhor e pelos ventos favoráveis ​​do lançamento do Mounjaro, que deve levar a maior alavancagem operacional, além de uma estrutura corporativa mais enxuta”, avalia a equipe de análise.

LISTA GRATUITA

10 small caps para investir

A lista de ações de setores promissores da Bolsa

Os ventos contrários operacionais causados ​​por roubos e perdas estão diminuindo, aliviando o peso da margem bruta, aponta o JPMorgan.

Enquanto isso, à medida que os investidores se aprofundam em temas sobre a potencial concorrência incremental de supermercados e marketplaces online, a tese do banco é de que isso não deve representar grandes problemas para o lucro por ação, que continua a ganhar força.

“Com isso, o foco do mercado está mudando para a melhoria dos fundamentos da RD Saúde e para o cenário duradouro de um sólido lucro por ação”, avaliam os analistas. Para eles, apesar da ação ter superado o Ibovespa em +30% nos últimos três meses, vê um espaço substancial para novos ganhos, com a RD Saúde tendendo em uma direção diferente do setor varejista brasileiro em geral.

Continua depois da publicidade

Para os analistas do JPMorgan, a RD Saúde segue sendo uma das suas principais escolhas no varejo brasileiro, ao lado da Smart Fit (SMFT3).

O banco espera que a RADL3 supere o desempenho do setor em geral. Com base em suas estimativas, projeta que as operações de varejo da RADL3 registrem um crescimento de cerca de 17% na receita bruta no 3T25.

O principal impulsionador disso, na visão do banco, é a participação de mercado da RD de cerca de 40% em medicamentos GLP-1 (medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue e promovem a perda de peso), que são a categoria de crescimento mais rápido dentro da indústria farmacêutica.

“Além disso, a RADL3 implementou recentemente diversas estratégias de otimização de canais em precificação, juntamente com economias em SG&A (despesas de vendas, gerais e administrativas), que provavelmente contribuirão para a alavancagem operacional à medida que a receita bruta acelera novamente”, avalia.

O crescimento da RD impulsionado pela exposição a GLP-1, em sua visão, não é um risco e reflete uma vantagem estrutural. A RD é efetivamente a única varejista nacional de medicamentos do Brasil: opera mais de 3,3 mil farmácias em todos os estados e detém uma participação de mercado de aproximadamente 16,5% (primeira colocada contra 8-9% da DPSP — segunda colocada).

E, dada sua forte presença nos estados do Sudeste, ostenta uma exposição acima da média às classes de renda social mais altas — aquelas que podem pagar por esses produtos de alto valor. Com isso, a RD (juntamente com a DPSP, empresa não listada em bolsa) tende a ser parceira natural dos principais players farmacêuticos globais do segmento.

Continua depois da publicidade

“Além disso, mesmo considerando que os genéricos do Ozempic/Wegovy devem estar disponíveis em 2026, o valor deve permanecer alto (+US$ 100 por caneta), continuando a favorecer players com alta exposição às faixas de renda social mais altas neste provável mercado incremental”, destaca o JPMorgan.

O banco acredita que essa demanda provavelmente se somará à demanda existente, visto que observa uma mudança gradual de Ozempic/Wegovy para Mounjaro, dada sua maior eficiência na perda de peso.

“Portanto, acreditamos que essas vendas provavelmente se repetirão, à medida que este se tornar um tratamento crônico. Aqui, sinalizamos que este é um mercado que deve crescer a um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de cerca de 20%, atingindo R$ 30 bilhões no Brasil até 2035, contra a estimativa atual de ~R$ 10 bilhões para 2025”, pontua.

Continua depois da publicidade

Olhando para os resultados do 3T25, o JPMorgan vê momento positivo provável à frente. “Vemos uma combinação de (i) aceleração da receita, impulsionada por medicamentos GLP-1 e uma recuperação em HPC (higiene pessoal, perfumaria e cosméticos); (ii) pressões mais baixas sobre a margem bruta, com pressões anteriores de perdas, 4Bio e redução da CMED.

Saiba mais: Confira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2025 da Bolsa brasileira

“Notavelmente, a RD é uma das poucas empresas em nossa cobertura de Varejo e Saúde que provavelmente apresentará melhora operacional”, avalia.

Postagens relacionadas