A queda de 11,9% na produção da PRIO no terceiro trimestre deste ano (3T25), divulgada pela empresa nesta terça-feira (7), ficou dentro do esperado, mesmo com os efeitos da paralisação do campo de Peregrino, segundo avaliação dos analistas. Para o Itaú BBA, JPMorgan e Goldman Sachs, a interrupção já estava precificada pelo mercado, e a retomada dos trabalhos deve ocorrer nos próximos dias, de acordo com informações da companhia. Após o anúncio sobre a produção, as ações da PRIO operavam em queda de 0,63% às 16h10, cotadas a R$ 37,80.
A petroleira produziu 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) no 3T25, volume inferior ao trimestre anterior, quando havia registrado cerca de 100 mil boepd. O recuo, diz a empresa, foi consequência da ordem de suspensão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que determinou a parada do FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) de Peregrino por motivos de segurança.
No relatório do JPMorgan, os analistas apontam que os números vieram em linha com as estimativas e até um pouco acima das projeções internas, que previam 87,4 mil boepd. O banco observa ainda que os offtakes (embarques de petróleo) somaram 7,4 milhões de barris, superando as expectativas em 11,1%, com bom desempenho do cluster Polvo e Tubarão Martelo, que avançou 8,8% no mês após a conclusão da manutenção do poço TBMT-6H. A recomendação do banco para as ações segue overweight (acima da média de mercado), com o papel cotado a R$ 37,91.
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Para o Itaú BBA, o destaque negativo foi a ausência de produção em Peregrino durante setembro, somada a uma falha em um compressor no campo de Albacora Leste, que reduziu os volumes para 24 mil boepd no mês. O Itaú diz que vê espaço para recuperação a partir de outubro e mantém preço-alvo de R$ 62 por ação da PRIO3 ao fim deste ano.
O Goldman Sachs também avaliou os resultados como em linha com suas estimativas e afirma que a interrupção já havia sido sinalizada nos dados de alta frequência divulgados pela ANP. O banco mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 47,50 em 12 meses, calculado pelo modelo de fluxo de caixa descontado (DCF). Entre os principais riscos citados, estão variações no preço do petróleo Brent, no câmbio entre real e dólar e na velocidade de emissão de licenças operacionais.
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