Os norte-americanos ficaram mais preocupados com o futuro do mercado de trabalho em setembro, ao mesmo tempo em que aumentaram as projeções para a trajetória futura da inflação de curto prazo, segundo um relatório do Federal Reserve de Nova York divulgado nesta terça-feira.
Os entrevistados na última Pesquisa de Expectativas do Consumidor do banco elevaram as expectativas de que o desemprego geral será maior em um ano em relação a agosto, em meio a um aumento na probabilidade esperada de perder o emprego. Mas os entrevistados também veem melhores chances de encontrar um novo emprego nos próximos três meses, no caso de uma perda inesperada.
A preocupação com o futuro do mercado de trabalho surgiu quando as famílias consideraram suas situações financeiras atuais mais favoráveis, ao mesmo tempo em que rebaixaram “ligeiramente” a situação em que se veem daqui a um ano, disse o banco. Em setembro, as famílias relataram um corte nas expectativas de gastos futuros em meio a visões mistas sobre renda futura e níveis de renda.
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Enquanto isso, o relatório também constatou em setembro que o nível de inflação esperado para daqui a um ano está em 3,4%, em comparação com 3,2% em agosto, enquanto a inflação esperada para três anos à frente se manteve estável em 3%. A leitura da inflação esperada para cinco anos à frente também ficou em 3% em setembro, em comparação com 2,9% no mês anterior. A meta de inflação do Fed é de 2% e as leituras da inflação real têm excedido esse nível há vários anos.
O relatório de setembro também observou que as expectativas de preços de alimentos para o ano à frente subiram para o nível mais alto desde março de 2023.
O relatório do Fed de Nova York, que é observado mais de perto por suas leituras sobre a trajetória esperada da inflação, pode atrair um interesse elevado em meio à ausência de dados econômicos ligada à paralisação do governo. A pesquisa, realizada durante o mês de setembro, foi concluída antes da entrada em vigor da paralisação.
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A escassez de dados significa que, à medida que as autoridades do Fed se aproximam de sua reunião de política monetária no final do mês, elas estão sem a gama usual de estatísticas essenciais para orientar as deliberações.
No mês passado, o Fed reduziu em 0,25 ponto percentual sua taxa de juros, que ficou entre 4% e 4,25%, e a expectativa é de novo corte no encontro de 28 e 29 de outubro.
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